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Pirelli anuncia investimentos de R$ 200 milhões no polo industrial de Campinas, em São Paulo

Depois das montadoras, a cadeia de fornecedores do setor automotivo também começa a anunciar novos ciclos de investimentos no país. A Pirelli, fabricante de pneus para carros e motos, divulgou nesta quarta R$200 milhões em recursos para o polo industrial de Campinas, em São Paulo. A empresa de origem italiana anunciou a abertura de novos laboratórios de testes para desenvolvimento de novas tecnologias, além de um novo armazém logístico.

Confirmamos o polo de Campinas como centro nevrálgico de nossas operações na América Latina. Não só em capacidade de produção de pneus, mas também como polo de tecnologia e inovação — disse Cesar Alarcon, CEO da Pirelli na América Latina, que lembrou que com a aprovação pelo Cade da compra da fárbica de borracha natural brasileira Hevea-Tec, no ano passado, os investimentos no Brasil confirmados no Brasil chegam a R$ 350 milhões, em apenas dois meses.

O investimento contempla um novo armazém, que ficará pronto em 2025, e terá 55 mil metros quadrados. Sua capacidade de estocagem chega a 800 mil pnseus. Serão gerados 250 novos empregos. Segundo a Pirelli, com o armazém, será possível fazer 5 mil viagens a menos de caminhões para transporte dos pneus, reduzindo as emissões de CO2 no meio ambiente.

O polo de Campinas, que completou 54 anos na cidade há duas semanas, também recebeu recentemente uma fábrica de pneus de motos, uma mercado importante para a empresa, já que a frota do país chega a 14 milhões de unidades e cresce a um ritmo de 1,6 milhão de novas unidades por ano. Em breve, a fábrica receberá novo maquinário. A unidade de Campinas gera 2,5 mil empregos diretos e mais mil indiretos.

Nos laboratórios que começaram a funcionar este ano são feitos testes de matérias-primas e de condições extremas para os pneus, como altas temperaturas e de resistência ao asfalto. Os laboratórios são interligados com os de Milão, assim como a fábrica é conectada a um centro de dados global da empresa que permite melhorias de cada processo de produção.

São 200 engenheiros trabalhando nos laboratórios, os maiores da empresa depois dos laboratórios na Itália, disse Alarcon. Pelo menos um terço da produção brasileira é exportada para mercados considerados exigentes com a qualidade dos pneus, como os Estados Unidos.

O CEO da Pirelli disse que a sustentabilidade deveria ser prioridade na agenda das empresas. Ele lembrou que no polo de Campinas 100% da água e dos resíduos são reaproveitados. Os pneus produzidos na unidade de Campinas não são descartados em aterros, observou o CEO da empresa.

Alarcon afirmou que o programa Mover do governo, que estimula investimentos em tecnologias sustentávgeis é muito importante para o setor automotivo, mas os investimentos anunciados já estavam programados. Ele lembrou que, nos últimos seis anos, a empresa investiu R$ 2 bilhões no país, considerado um mercado estratégioco para a companhia.

Fonte: O Globo/ Foto: Divulgação Pirelli

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