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Asas: primeira subsidiária da Infraero atuará em serviços aeroportuários no Brasil e exterior

 

Os trâmites para a criação da primeira subsidiária da Infraero estão quase concluídos. Será criada a Asas Serviços Aeroportuários. Em entrevista à Agência CNT de Notícias, durante o Airport Infra Expo 2016, realizado no dia 14 de abril em Brasília, o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, disse que está em fase final a aprovação do estatuto da empresa, junto ao Ministério da Fazenda e a expectativa é que, “nos próximos dias, seja criada oficialmente”. 

A sócia da estatal nessa empresa será a Fraport (Frankfurt Airport Services Worldwide), administradora de diversos terminais, entre os quais o de Frankfurt (Alemanha), um dos mais movimentados da Europa. “Hoje a Infraero presta serviços aeroportuários, inclusive em aeroportos privados, de uma forma um pouco amadora, quase que de colaboração. Queremos que essa prestação seja efetiva e profissional. Por isso buscamos a aprceria com a Fraport”, explica Gustavo do Vale. “A Frapor tem uma experiência enorme na prestação de serviços como um todo: treinamento de bombeiros, desemborrachamento de pista, reforma de pavimentação, de alisamento. A intenção é levar isso como prestação de serviços para mais aeroportos”, complementa.

A Asas deve atuar, inicialmente, em aeródromos brasileiros, especialmente nos regionais. Mas a meta é expandir os serviços para a América Latina. Na avaliação de Gustavo do Vale, isso representa uma mudança significativa, decorrente das concessões. “Como consequência da quebra do monopólio da Infraero, a empresa teve que buscar novas receitas, novas formas de comercialização”. Outros exemplos disso são as concessões de áreas comerciais, como no terminal de Goiânia (GO) e o shopping do Santos Dumont (RJ), e a concessão de estacionamentos de aeroportos.?

Isso integra um conjunto de estratégias que a empresa pública está adotando para recompor as receitas, abaladas com a privatização de cinco grandes aeroportos (Confins, Brasília, Viracopos, Guarulhos e Galeão). Elas incluem as concessões comerciais e administrativas e o repasse do Ataero (Adicional de Tarifa Aeroportuária) diretamente para a Infraero, a partir de janeiro de 2017.

Outra medida considerada fundamental é a criação da Infraero Navegação Aérea, com o Comando da Aeronáutica. Segundo Gustavo do Vale, a atividade de navegação aérea onera a empresa em R$ 400 milhões por ano. A expectativa é que esse resultado seja compensado com o saldo positivo da Aeronáutica. “Quando juntarmos as duas numa só, o resultado será equilibrado”, diz.

Uma terceira subsidiária que será criada, a Infraero Participações, será responsável pelos ativos da empresa. Segundo o presidente da estatal, a criação das duas novas empresas está em análise no Ministério do Planejamento.

Natália Pianegonda

Fonte: Agência CNT de Notícias. 

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