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Empresários enfrentam dificuldades para refinanciar dívidas com o BNDES

 

Apesar de o programa de refinanciamento do Procaminhoneiro e do PSI (Programa de Sustentação de Investimento) do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estar em vigor desde o dia 10 de julho, empresários ainda enfrentam dificuldades para renegociar as dívidas. Isso porque nem todos os bancos aderiram à iniciativa, prevista em lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, atendendo a uma demanda do setor do transporte rodoviário de cargas.

É o caso do empresário Leandro Flavio, de Campo Largo (PR), que relata não conseguir sequer informações sobre o tema junto ao banco Itaú, pelo qual realizou um financiamento do Procaminhoneiro. “A operação nos auxiliaria a passar pela situação atual, de fretes baixos e escassos e juros altos, que nos dificulta até manter o quadro de funcionários”, relata. Ao aderirem ao programa, empresários passam a ter 12 meses de carência com taxas de juros de, no mínimo, 6% ao ano.

O BNDES afirma que o programa de refinanciamento está em operação desde o dia 10 de julho, quando foi aberto para os agentes financeiros. Mas ressalta que a adesão não é compulsória. “Ela ocorre de acordo com o interesse do caminhoneiro e do banco agente financeiro.”

O Itaú, por meio da assessoria de imprensa, informou apenas que “tendo em vista a recente publicação da norma, estamos analisando os ajustes operacionais e sistêmicos necessários para implementar as novidades trazidas pela circular para refinanciamento de caminhões das linhas do BNDES”.

Leandro Flavio diz que, em outros bancos privados, empresários enfrentam as mesmas dificuldades, como Bradesco e Santander. “A maioria das empresas tem contratos em bancos privados. Nós ficamos entre o BNDES e os agentes financeiros. A parte mais prejudicada somos nós, caminhoneiros, por toda a falta de entendimento entre as partes”, critica o empresário.

A Agência CNT de Notícias também entrou em contato com as assessorias de imprensa dos bancos Bradesco e Santander, a fim de saber se as operações de refinanciamento estão disponíveis e se há orientações sobre como os empresários devem proceder. Mas, até agora, não obteve retorno. 

Conforme a Lei 13.126/2015, caminhoneiros autônomos e empresas de transporte de cargas com receita bruta anual de até R$ 2,4 milhões podem renegociar a dívida. A possibilidade vale para contratos assinados até 31 de dezembro de 2014.

Fonte: Agência CNT de Notícias

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