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Devido cheia em RO, governo faz operação para trazer produtos ao AC.

 

Devido a cheia do Rio Madeira, em Rondônia, que já dura mais de 40 dias, o governo do Acre, para manter o abastecimento do estado, tem feito uma operação para viabilizar a travessia de produtos. Para que os veículos passem pela BR-364 inundada, que está parcialmente fechada, são usadas duas balsas e uma prancha que transporta os caminhões por terra.

Com a operação, em sete dias chegaram ao Acre pela BR-364 mais de 1.293 toneladas de gêneros alimentícios, tanto de primeira necessidade quanto de outros tipos, de acordo com o governo do estado. Entre os dias 31 de março e o último domingo (6) a mercadoria foi transportada em 161 veículos de grande porte.

Para garantir a travessia de carretas com alimentos, homens do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil do Acre percorrem os trechos alagados para identificar buracos ao longo da estrada e sinalizar pontos onde a travessia pode ser feita com segurança.

De acordo com Thales Bessa, membro do comitê de consequência da enchente do Rio Madeira, ainda são três pontos complicados na estrada, mas os caminhões têm conseguido rodar de Porto Velho até Rio Branco. “Os caminhões passam pela primeira balsa em Jacy-paraná, depois pela segunda em Palmeiral. Em Mutum-Velho, eles são puxados pelas pranchas, usando tratores”, explica.

Segundo o governo do Acre, a média de chegada de caminhões, por meio dessa operação, é de 18 a 25 todos os dias. Do total,1.293,849 toneladas de alimentos chegaram ao estado, 458,5 toneladas são de trigo.

Por conta da cheia em Rondônia, o estado do Acre sofre com o desabastecimento de alguns produtos. Extensas filas se formaram em frente a postos de combustíveis na capital e no interior do Acre.

Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) estão trazendo mantimentos para o estado e garantindo o abastecimento de produtos de primeira necessidade, além de medicamentos e itens hospitalares. Além do setor de produtos alimentícios, o automobilístico também está sofrendo com o fechamento da BR-364.

Concessionárias da capital acreana estão sem receber veículos causando um prejuízo de ao menos R$ 60 milhões, segundo o presidente da Federação do Comércio do Acre (Fecomercio-AC), Leandro Domingos.

Outro setor que ficou comprometido foi o de franquias. Algumas estão sem receber produtos há mais de 60 dias e estão com os lucros comprometidos.
Fonte: G1.

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