A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo e associações de transporte e varejo firmaram, nesta segunda-feira (24), um convênio para combater o roubo de carga. Um dos pontos estabelecidos pelo acordo é a instalação de câmeras de monitoramento ligadas diretamente à polícia nas regiões onde esse tipo de crime é mais comum. Informações dos radares utilizados pelo setor de transporte nos veículos também serão cedidos à secretaria.
“Será uma simbiose total de informações com os setores de transportes e varejo”, disse o secretário da Segurança, Alexandre de Moraes. Participam da parceria a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Fetcesp), o Sindicato das Empresas de Transporte de São Paulo e Região (Setcesp) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).
As áreas de transporte e varejo estão entre as mais impactadas pelo roubo de cargas. “Um dos segmentos mais atingidos é o eletroeletrônico, com alto custo de segurança que encarece os produtos”, disse Fábio Barboa, da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, também presente no anúncio. “O setor de transportes investe 15% do faturamento bruto em tecnologias contra o roubo de cargas”, explica Manoel Souza Lima Jr., presidente do Setcesp.
Segundo Alexandre de Moraes, 57% dos roubos de carga têm como alvo alimentos. “É o grande volume, em termos de quantidade. Mas o grande volume financeiro é de eletrônicos”.
Redução de casos
Pelo terceiro mês consecutivo, o roubo de cargas diminuiu no estado e na capital com relação ao mesmo período em 2014, com recuo de 13,08%, passando de 2.163 para 1.880 casos. Já na Grande São Paulo, o mês de maio superou o ano passado por 12 roubos, passando de 160 para 172.
Em julho, a diminuição de roubo de cargas no estado foi de 19,51% com relação ao mesmo mês no ano passado, segundo a secretaria. “É uma diminuição expressiva, seguindo maio e junho, que também tiveram quedas”, disse o secretário.
Na capital, a redução foi de 21,16% e, na Grande São Paulo, de 17,65%. “Na capital, temos um grande volume de roubo à carga oportunista, no momento de carga e descarga, principalmente de alimentos. É um roubo com pouco valor agregado, mas que acontece em grande quantidade”, acrescentou.
No acumulado dos sete primeiros meses de 2015, no entanto, a capital teve um crescimento de 3,34% no número de roubos de carga em comparação ao mesmo período no ano passado. No estado, no mesmo período, houve queda de 0,38%.
Fonte: Do G1 São Paulo
