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Aeroportos vencem desafio da Paralimpíada e batem recorde de satisfação e pontualidade

 

A satisfação do passageiro – principal termômetro sobre o desempenho do setor de aviação civil – com os aeroportos envolvidos diretamente na Paralimpíada, foi a mais alta já registrada pela série histórica que mede a opinião dos viajantes. Em uma escala de 1 a 5, a nota média da avaliação alcançou 4,30, resultado melhor que o obtido durante a Olimpíada (4,27). Isso significa que 9 em cada 10 entrevistados consideram os aeroportos bom ou muito bons. Os números referem-se ao período de 1 a 19 de setembro, que compreende desde as chegadas até o pico de partidas do evento (dia 19). A pesquisa é realizada pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.

“Este foi o nosso grande trunfo, em especial no Galeão, Santos Dumont e Guarulhos: oferecer, nos aeroportos, que são entes públicos, a acessibilidade adequada. Preocupar-se com o cuidado, a prontidão, a ajuda profissional e irrestrita em cada etapa do embarque ou desembarque faz parte da nossa missão, que é, em suma, a de demonstrar respeito e realizar um atendimento digno a essas pessoas. E tenho a honra de dizer que entregamos isso a cada passageiro que chega ao aeroporto, seja para embarcar ou desembarcar”, afirma o diretor de Gestão Aeroportuária do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Paulo Henrique Possas.

Para se ter uma ideia, o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, embarcou cerca de 1 mil cadeirantes em um só dia, número 14 vezes maior que a média de dias comuns, com 70 passageiros em cadeiras de rodas. Ao todo, cerca de 3,3 mil passageiros em cadeiras de rodas passaram pelo terminal no período de 1º e 19 de setembro.

Durante esse período, os nove principais aeroportos do evento (Galeão, Santos Dumont, Guarulhos, Congonhas, Viracopos, Confins, Brasília, Salvador e Manaus) movimentaram 6,56 milhões de pessoas, sendo 440 mil provenientes de voos não-regulares. Foram registradas ainda 28,2 mil partidas de aeronaves, o que representa uma média diária de 2,5 mil decolagens. Os números referem-se aos primeiros 20 dias de setembro.

PONTUALIDADE RECORDE – Apesar do fluxo especial de passageiros, a pontualidade dos nove aeroportos monitorados durante a operação especial nos Jogos Paralímpicos foi de 95,3%, bem acima da excelência prevista no planejamento do setor de aviação para o período. O governo brasileiro, por meio da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), trabalha com a meta de manter abaixo de 15% os atrasos de até 30 minutos do horário da partida dos voos.

Para efeito de comparação, durante a Copa 2014 a pontualidade média foi de 91,2%; nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a Paralimpíada registrou 89,9%; nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o número medido foi de 94,8%.

A agilidade nos processos e operação teve grande contribuição de 75 estações de check-in remoto instaladas na Vila dos Atletas, uma espécie de “mini aeroporto” para procedimentos de check-in e despacho de bagagens. Sessenta e oito caminhões fizeram o transporte de 9,2 mil malas da família paralímpica diretamente para o Galeão somente nos dias 18, 19 e 20, utilizando canais exclusivos de inspeção e “aliviando” balcões de check-in e procedimentos de segurança de bagagens para os demais passageiros. A experiência do check-in remoto, pioneira do País, foi inspirada no sucesso de Londres 2012.

PLANEJAMENTO – A preparação do setor de aviação para a Paralimpíada começou logo após o encerramento da Copa do Mundo, quando foi criado um subcomitê de Acessibilidade dentro do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE) – este último coordenado pela Secretaria de Aviação Civil. De lá pra cá, foram 107 mil quilômetros percorridos pela Secretaria de Aviação em nome do planejamento geral dos aeroportos para os Jogos. Cerca de 25 mil pessoas estiveram envolvidas nos eventos – entre órgãos públicos, aeroportos e Comitê Rio 2016 – e foram realizado 20 simulados, eventos-teste e apresentações sobre planejamento nos aeroportos olímpicos.

OPERAÇÃO OLIMPÍADA – O índice de pontualidade nos Jogos Olímpicos, de 94,8%, foi o segundo melhor já registrado em uma operação especial do setor de Aviação Civil no País. O resultado se refere ao período de 1 a 22 de agosto, que compreende dos principais dias de chegadas de torcedores, atletas e membros de delegações ao pico de movimentação dos aeroportos durante o evento esportivo (dia 22). Em 22 dias, foram transportados cerca de 7,91 milhões passageiros, o equivalente à população da Suíça.

Juntos, os aeroportos do Galeão e Santos Dumont, no Rio, e Guarulhos, em São Paulo – este último responsável por cerca de 40% das conexões internacionais com destino aos Jogos no Rio –, movimentaram aproximadamente 3,98 milhões de viajantes. Segundo uma pesquisa realizada diariamente pela Secretaria de Aviação nas áreas restritas dos aeroportos dos Jogos, a qualidade da oferta de serviços, atendimento, gestão e organização dos terminais foi aprovada por nove em dez passageiros entrevistados.

SEGURANÇA – Segundo dados da Polícia Federal (PF), para a operação foram designados 200 servidores extras, entre os dias 25 de julho e 23 de setembro, só para cuidar da área de imigração do aeroporto do Galeão, que teve tempo médio máximo de 1 minuto. Também foram implementados a identificação biométrica para passageiros estrangeiros. O equipamento utiliza como base o banco de dados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Durante o evento, 45 passageiros foram impedidos de desembarcar, devido à pendência de documentação e alertas da Interpol.

Além disso, para cuidar da segurança aeroportuária, a PF contou com 153 policiais para patrulha de segurança em todo o perímetro aeroportuário (interno e externo) e manteve unidades de pronta resposta com policiais da coordenação de operações táticas, divisão antiterrorismo, inteligência e esquadrão antibombas.

Por fim, a polícia identificou 142 objetos abandonados dentro do complexo aeroportuário; 192 pessoas suspeitas foram abandonadas e entrevistadas pela PF e realizou 123 acompanhamentos de dignitários e VIPs.

Assessoria de Comunicação

Fonte: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.

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