Depois de três anos sem uma rota cargueira, a partir do mês que vem, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), voltará a contar com um voo semanal apenas para transporte de mercadorias. Em parceria com a Bringer Air Cargo, a operação ligará Reino Unido, Itália, Holanda, China, Taiwan e México a Minas Gerais, com conexão fixa em Miami, nos Estados Unidos.
De acordo com o gestor Executivo de Soluções Logísticas da BH Airport, Rafael Laranjeira, a concessionária que administra o terminal desde 2014, vem trabalhando para o fortalecimento do aeroporto como hub logístico e esta é mais uma ação que colabora para competitividade do equipamento e da cadeia logística do Estado, em vistas ao mercado internacional.
Segundo ele, o primeiro voo, realizado por um Boeing 767-300F, ocorrerá dia 7 de outubro e prosseguirá semanalmente, sempre às quartas-feiras. No entanto, o potencial é grande e o Aeroporto Internacional poderá contar, em breve, com outras operações do tipo.
“A intenção, obviamente, é consolidar este primeiro passo. Mas, naturalmente, seguiremos trabalhando em busca de novas parcerias em vistas de ampliar as conexões”, revelou.
Ainda conforme Laranjeira, a retomada da rota cargueira surge também para suprir uma demanda existente e não atendida no Estado. Neste sentido, ele lembrou que Minas é o terceiro estado que mais importa no Brasil e que quase 50% de todo volume importado não chega por Minas Gerais. Por isso, o voo confirma também, o compromisso da concessionária com o mercado mineiro, de maneira a fortalecer uma logística própria para o Estado.
Rota Marítima – Sob o mesmo aspecto da competitividade e hub logístico a ser implementado no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, o gestor Executivo de Soluções Logísticas citou outra estratégia da BH Airport, que foi a criação da Rota Marítima, em março.
Trata-se de uma conexão do terminal de cargas mineiro com o Terminal Bandeirantes, no Porto de Santos, em São Paulo, tornando-se uma importante opção para a exportação e importação de produtos.
De acordo com ele, as cargas são desembaraçadas no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, o que traz ganhos em agilidade, segurança e sinergia entre os modais aéreo, marítimo e rodoviário. Além disso, com saídas fixas na semana, as empresas possuem previsibilidade e melhor planejamento logístico, atrelado a um custo reduzido devido ao compartilhamento do valor do frete rodoviário na importação, o que reflete também para as cargas de exportação.
“É um produto relativamente novo, mas que vem amadurecendo e se consolidando com crescimento impressionante. Para se ter uma ideia, a demanda entre julho e agosto superou em 60% a registrada entre abril e maio”, revelou.
Estas e outras estratégias têm sido as alternativas adotadas pelo aeroporto para continuar movimentando os negócios nos últimos meses, período em que o setor aéreo foi um dos mais afetados em todo o mundo pela pandemia de Covid-19.
Fonte: Diário do Comércio