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São Paulo concentra as dez melhores rodovias brasileiras

A 24ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte e pelo SEST SENAT nesta quinta-feira, 02 de dezembro, mostra que o investimento público nas rodovias brasileiras tem sido reduzido, o que impacta negativamente na qualidade das rodovias brasileiras.

A CNT avaliou 109.103 quilômetros de rodovias pavimentadas federais e estaduais. De acordo com o estudo, 61,8% das rodovias estão em situação Regular, Ruim ou Péssima, sendo a maioria desse total de rodovias públicas.

“Os resultados da Pesquisa CNT de Rodovias 2021 mostram um cenário de preocupante queda da qualidade das rodovias brasileiras, questão que precisa ser enfrentada com grande rapidez e assertividade. A forte retomada de investimentos é urgente e necessária para prover ao país uma malha rodoviária mais moderna e eficiente, condição indispensável para a promoção do desenvolvimento. E, nesse sentido, a análise técnica da CNT nesta Pesquisa é um importante instrumento para fomentar as melhores soluções”, ressalta o presidente da CNT, Vander Costa.

Para o estudo, são analisadas três características das estradas: Pavimento, Sinalização e Geometria da Via. Elas levam em conta, respectivamente, variáveis como condições do pavimento, placas e alguns elementos da via, como as curvas. Tais aspectos recebem classificações que vão desde Ótimo e Bom a Regular, Ruim e Péssimo. Nesta edição da Pesquisa, todas as cinco regiões do Brasil foram percorridas, durante 30 dias (28 de junho a 27 de julho), por 21 equipes de pesquisadores. O resultado passa a integrar a maior série histórica de informações rodoviárias do país coletada pela CNT desde 1995.

O estudo destaca uma queda acentuada na qualidade das rodovias sob a gestão pública, onde a classificação Ótimo e Bom caiu de 32,5%, em 2019, para 28,2%, em 2021. O mesmo ocorre na classificação negativa: a extensão avaliada como Regular, Ruim e Péssimo aumentou de 67,5%, em 2019, para 71,8% em 2021, ou seja, são mais 2.773 km de rodovias que estão em condições insatisfatórias de circulação.

Na prática, é como se o motorista percorresse seis vezes, nessas más condições, o trecho do Rio de Janeiro a São Paulo. A condição de sinalização é outro agravante. Nesse quesito, os problemas nas rodovias públicas aumentaram 12,1 pontos percentuais nos últimos dois anos e passaram de 56,4% para 68,5%.

Em situação relativamente estável estão as rodovias pavimentadas sob concessão da iniciativa privada. O Estado Geral da malha rodoviária concedida em 2021 se manteve praticamente como em 2019. A avaliação do trecho aferido como Ótimo e Bom foi de 74,2% este ano. Em 2019, esse percentual tinha sido de 74,7%. O mesmo se deu com essa composição da extensão de rodovia identificada como Regular, Ruim e Péssimo. Em 2019, isso representava 25,3% da malha pesquisada e, em 2021, fechou em 25,8%.

Melhores rodovias

Entre todos os trechos avaliados, o estado de São Paulo concentra as dez melhores rodovias. O trecho entre Rubineia e Mirassol, na SP-320, que é administrado pelo estado, é o melhor do país, de acordo com a pesquisa. Os outros nove trechos são geridos por empresas privadas.

otimas - Sindicamp

Já o estado de Santa Catarina se destaca por ter o pior trecho rodoviário do país. De acordo com a CNT, a viagem de 59 km entre as cidades de Dionísio Cerqueira e São Miguel do Oeste, pela BR-163, é o pior do país.

ruins - Sindicamp
Fonte: Blog do Caminhoneiro

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