Região é responsável por 18,3% das exportações paulistas
Com uma grande concentração de indústrias, a região administrativa de Campinas (composta por 92 municípios, na divisão do governo estadual) fechou o ano de 2023 como a segunda maior exportadora entre todas as regiões do Estado de São Paulo, responsável por 18,3% do volume total embarcado para o exterior, ou US$ 13,7 bilhões É o que revela estudo divulgado pela Fundação Seade, referentes ao ano passado. O estado paulista exportou um total de US$ 75,5 bilhões para 232 países, o que corresponde a 22,3% do volume exportado em todo o Brasil no ano passado.
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) alavancou as exportações, respondendo por 21,7% de participação no volume total. A região administrativa de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, com 14,7%, foi a terceira maior exportadora, seguida por Santos, com 11,7%.
As principais exportações de Campinas foram reatores, caldeiras, máquinas e instrumentos mecânicos, em um total de US$ 4,4 bilhões; seguidos de veículos, como automóveis e tratores, que somaram US$ 995 milhões. O principal destino foi os Estados Unidos, com US$ 6 bilhões, do total de US$ 13,7 bilhões. América do Sul também é um mercado importante das exportações.
Segunda a Fundação Seade, do total exportado no ano passado pelo Estado, o principal destino, com US$ 17,1 bilhões, foi os países participantes do Tratado Norte-americano de Livre Comércio (NAFTA), US$ 6,4 bilhões para a União Europeia e US$ 2,2 bilhões para o Mercosul. A Ásia (excluindo-se Oriente Médio), comprou US$ 20,2 bilhões em produtos paulistas; a América do Sul, US$ 8,5 bilhões; a América do Norte, US$ 17,1 bilhões; a África, US$ 4,2 bilhões; a América Central e o Caribe, US$ 1,7 bilhão, a Europa, US$ 8,1 bilhões; e a Antártica, US$57,6 mil.
Foi o terceiro ano de crescimento consecutivo nas exportações, após queda registrada em 2020 (46,6 bilhões de dólares), quando o valor das exportações atingiu o número mais baixo da série desde 2012. No comparativo de 10 anos, o valor das exportações no Estado de São Paulo cresceu 21%, considerando que em 2013 o montante registrado foi de US$ 62,4 bilhões. (US$ 8 bilhões).
RMC registra alta de 20% nas contratações no primeiro trimestre
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) fechou o primeiro trimestre de 2024 com um saldo de 20,3 mil novos empregos com carteira assinada. O número representa uma alta de 20% na comparação com o mesmo período do ano passado e 14% superior ao mesmo período em 2022. É o que mostra levantamento realizado pelo Observatório da PUC-Campinas, divulgado nesta semana.
O dinamismo do mercado de trabalho regional também vem acompanhada pela recuperação dos valores de remuneração dos admitidos, que neste trimestre ficou em torno de R$ 2.323,96 – aproximadamente 4,6% superior à média das remunerações pagas em igual período em 2023
Depois do crescimento inesperado de 3% do PIB no ano de 2023; o alinhamento das políticas fiscais e monetárias e seus impactos sobre a demanda; e as projeções de redução nas taxas de juros, o ano de 2024 começa com maior grau de confiança na economia, segundo avaliação do estudo.
“Esse cenário mais otimista favorece a retomada das contratações, consequentemente, a redução do desemprego vem acompanhada pela ampliação das remunerações. Felizmente, mais pessoas inseridas no mercado de trabalho leva a recomposição da renda familiar o que retroalimenta expectativas de mercado consumidor mais consistente”, avalia a professora Eliane Rosandiski.
A dinâmica do emprego na região neste primeiro trimestre confirma que o cenário de maior confiança. As atividades de construção civil, impulsionadas pela queda nos juros e pela retomada de programas de governamentais de aceleração do crescimento (PAC) geram efeitos multiplicadores importantes, sobre a cadeia produtiva e o emprego.
O setor industrial, confirmando esta melhora de confiança, também sinaliza para retomada de contratação. Além disso, as atividades de serviços, que em conjunto tiveram maior destaque, por serem muito heterogêneas, devem ser avaliadas a partir de sua segmentação. Neste caso, a sazonalidade da atividade de educação justifica seu destaque no volume de contratações neste primeiro trimestre.
Segundo os responsáveis pelo levantamento, esse bom momento para o mercado de trabalho é corroborado também pela ampliação da remuneração dos contratados, que no mínimo garante o poder de compra dos salários e da menor queda dos desligamentos das pessoas com mais de 50 anos. A recuperação do padrão de renda tende a impactar positivamente a capacidade de consumo da região e atuar como um mecanismo virtuoso de estímulo à demanda local.
Turismo atrai investimento bilionário para Águas de Lindoia
A retomada dos turistas de viagens de lazer no pós-pandemia está mexendo com o mercado, com grande impacto nos investimentos, geração de empregos e renda, além da arrecadação de impostos e tributos para as cidades da região de Campinas.
Cinco meses depois da fabricante de chocolates Cacau Show anunciar sua entrada na hotelaria, com a construção de um hotel temático em Águas de Lindoia, com investimento de R$ 100 milhões, um novo grupo anuncia um novo empreendimento na cidade do Circuito das Águas Paulista
A holding FN Group, que atua no mercado imobiliário, vai construir uma multipropriedade com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 2,7 bilhões na cidade. Segundo a coluna Radar, da Veja, o FN Residence Resort será erguido em cinco fases de 170 apartamentos cada, com três prédios por fase. O empreendimento será uma extensão do parque aquático Thermas Hot World.
CURTAS
Eletrificação da frota de ônibus
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vai desenvolver estudos sobre os benefícios da eletrificação de frotas de ônibus. A instituição acaba de fechar acordo no valor de R$ 3 milhões com empresas da iniciativa privada, como a Eletra, fabricante de eletrificação de ônibus, Marcoplo e a empresa de tecnologia FeniceTechnology. O contrato tem prazo de 36 meses
Fábrica da Amarys em Vinhedo vai a leilão…
A fábrica da multinacional americana Amarys, localizada em Vinhedo, será leiloada a partir do dia 3 de junho. O lance inicial, segundo o jornal Valor Econômico, é de R$ 4 milhões. A unidade produzia as marcas Rose Inc. e Biossance.
…Pedido de autofalência
Com dificuldades financeiras e dívidas acumuladas, a empresa pediu autofalência em fevereiro desse ano nos Estados Unidos. Com isso, a produção foi suspensa e o prédio desativado.