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Qual velocidade devo transitar se na via não tem sinalização?

Quando não há sinalização, como saber o limite de velocidade de uma via? A resposta a essa pergunta está no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Veja qual é!

Transitar dentro do limite de velocidade permitido na via é talvez a regra mais importante da segurança viária. Qualquer colisão envolvendo veículos em alta velocidade certamente acabará em tragédia. E, ainda, a velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura. Vários fatores devem ser levados em consideração para se determinar a velocidade segura para trafegar. Nesse sentido, um dos princípios básicos é saber qual o limite de velocidade de uma via que, geralmente, é estabelecido por placas de sinalização. No entanto, quando não há sinalização, como saber o limite da via?

Conforme Anna Prediger,  instrutora e coordenadora especializada em cursos de formação de profissionais, como instrutores, no Centec – Centro de Ensino Técnico de Trânsito, a resposta a essa pergunta está no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “No capítulo que trata de normas de circulação e conduta, o CTB define as velocidades que devem ser seguidas para estes casos (veja abaixo quais são)”, explica.

No entanto, a especialista faz uma ressalva.

“Na teoria é fácil responder que em uma via urbana classificada como coletora, a velocidade não deve passar de 40 km/h. Mas na prática é difícil saber que aquela via é uma via coletora, principalmente se o condutor não estiver transitando em locais que conheça muito bem. Portanto, entendo que o mais importante é o que o condutor entenda e tenha a percepção de riscos”, aconselha.

Nesse sentido, a especialista traz uma série de orientações. “Analisar os elementos da via para então adequar a sua velocidade é fundamental. Portanto, se você está transitando por uma via que percebe que há mais circulação de pedestres ou ciclistas, locais de comércio, ou escolas, igrejas, hospitais, deve adequar para uma velocidade mais reduzida, de no máximo 40 km/h para, caso ocorra um imprevisto, tenha mais chances de conseguir imobilizar o veículo ou reduzir mais drasticamente a velocidade. Agora, se está em uma avenida, onde há mais veículos do que pedestres, ruas marginais para acessos à comércio com mais segurança e segregação aos demais usuários, já poderá desenvolver uma velocidade maior, de média de 60 km/h”, explica.

Em vias sem sinalização, os limites de velocidade são os seguintes (CTB):

Vias urbanas:

  • 30 km/h nas vias locais.
  • 40 km/h nas vias coletoras.
  • 60 km/h nas vias arteriais.
  • 80 km/h nas vias de trânsito rápido.

Rodovias de pista dupla:

  • 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automóveis, camionetas, caminhonetes e motocicletas.
  • 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos.

Rodovias de pista simples:

  • 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis, camionetas, caminhonetes e motocicletas.
  • 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos.

Estradas:

  • 60 km/h (sessenta quilômetros por hora)

Diminuição do limite de velocidade em grandes cidades

Apesar de haver essa definição no CTB, os órgãos que gerenciam o trânsito nos municípios têm autonomia para definir os limites das vias sob sua jurisdição e boa parte deles está diminuindo cada vez mais esses limites. A explicação, de acordo com a especialista, é uma recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU). “A ONU lançou o desafio de reduzir o número de sinistros graves e mortes no trânsito em todo o mundo,  e sabemos que quanto maior a velocidade, maior o impacto e violência da ocorrência. A ideia é reduzir esses números drasticamente principalmente em áreas urbanas”, aponta.

Acidentes graves X alta velocidade

Não é a toa que é unanimidade que a redução dos limites de velocidade contribui diretamente com a diminuição da gravidade dos sinistros de trânsito.

“Outros fatores também colaboram com a gravidade das lesões em um acidente, como não utilizar dispositivos de segurança, por exemplo. No entanto, na sua grande maioria o fator velocidade está inserido de alguma forma, e isso é comprovado através das estatísticas”, finaliza Prediger.

Fonte: Portal do Trânsito

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