O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Regional Campinas, apontou, em pesquisa de Sondagem Industrial de março, que 44% das empresas associadas apontaram dificuldades em utilizar o saldo de créditos acumulados do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) no sistema e-CredAc, da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Já 25% afirmaram não encontrar dificuldades e 31% não se aplica.
O diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, afirmou nessa apresentação, realizada na última semana, que somente as empresas associadas têm mais de R$ 1,2 bilhão retidos na Secretaria da Fazenda de São Paulo e poderiam estar sendo utilizados no dia a dia delas.
Em relação aos valores dos créditos acumulados requeridos, 8% das associadas têm valores de até R$ 500 mil e 46% valores acima de R$ 5 milhões. Não se aplica para 46% das respondentes.
“O Governo do Estado tem que tornar mais fácil a ferramenta e-CredAc, que é difícil de ser utilizada pelas empresas. Nossa intenção, é sensibilizar e mostrar ao governador e à Secretaria da Fazenda que o empresário precisa da recuperação desse crédito, que é um dinheiro dele. Esse dinheiro faz uma diferença e vai gerar mais atividade industrial e voltará para o Governo através dos impostos de consumo”, acrescentou o diretor titular do Ciesp-Campinas.
Nessa mesma pesquisa, 44% das indústrias afirmaram também ter dificuldades em homologar o pedido de transferência dos seus créditos acumulados. Não encontraram dificuldades 19% e não se aplica para 37% delas.
Para confirmar a necessidade de capital de giro, por parte das empresas, Corrêa cita os principais tópicos apresentados nessa Sondagem do Ciesp-Campinas, “que mostram queda bastante significativa da atividade industrial, tais como capacidade produtiva e instalada e vendas”.
Com relação aos investimentos das indústrias na ampliação da sua capacidade produtiva para os próximos 12 meses, Corrêa citou que é preocupante o fato de 62% delas afirmarem que não irão investir.
Balança Comercial Regional
O primeiro vice-diretor do Ciesp-Campinas, Valmir Caldana, comentou os números da Balança Comercial Regional. Em fevereiro de 2024, o valor exportado foi de US$ 231,8 milhões, 1,5% menor que fevereiro de 2023.
Em fevereiro de 2024 o valor importado foi de US$ 833,8 milhões, 13,4% maior que no mesmo mês do ano passado. O saldo em fevereiro foi negativo em US$ 602,1 milhões, 20,4% maior que em fevereiro de 2023.
Caldana comentou que a tendência para o ano, da balança comercial da região de Campinas deverá se manter nos mesmos patamares do primeiro trimestre, tendo em vista a característica da indústria regional, focada em produtos de alta tecnologia e setor de autopeças.
Fonte: Hora Campinas