Setor agropecuário cresce 21,6% no primeiro trimestre, enquanto indústria perde espaço na economia. Investimento em pesquisa e políticas públicas são cruciais
O agronegócio tem sido, frequentemente, o motor do crescimento do PIB brasileiro, e os dados divulgados recentemente pelo IBGE reforçam essa tendência. No primeiro trimestre deste ano, a economia do país registrou um aumento de 1,9%, impulsionada pelo setor agropecuário, que cresceu expressivos 21,6%.
Esse desempenho não é novidade, já que o agronegócio tem se destacado como o segmento mais vigoroso da economia nacional há décadas. Nos últimos 20 anos, a produção de grãos saltou de 120,2 milhões para 310,6 milhões de toneladas anuais, um incremento de 258%, e a área cultivada aumentou de 43,7 milhões para 76,7 milhões de hectares, representando um avanço de 76,5%. Esse crescimento se deve, em grande parte, à melhoria na produtividade do setor.
Tal progresso foi alcançado graças a investimentos significativos em pesquisa e a políticas públicas eficientes voltadas ao campo. A competição no mercado internacional exige que os agricultores brasileiros sejam ágeis e inovadores, e eles têm atendido a essas demandas com sucesso. O desenvolvimento do agronegócio oferece uma valiosa lição no momento em que o governo discute a reindustrialização, ou ‘neoindustrialização’, do Brasil.