O Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), tem registrado demora de cerca de 60 dias na liberação de cargas frigoríficas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre cargas acumuladas estão carnes, produtos farmacêuticos e frutas. O órgão federal foi notificado pela administração do aeroporto para tomar medidas de emergência.
Aluguel de contêineres
Por conta do problema, a administração do aeroporto alugou contêineres frigoríficos para garantir a refrigeração e qualidade dos produtos transportados. O terminal também encaminhou uma carta à direção da Anvisa para cobrar ações de emergência na redução do tempo de espera.
Em nota ao G1, a Anvisa informou que a equipe tem trabalhado com demanda acima da capacidade devido a redução de funcionários dada por aposentadorias recentes. Leia nota abaixo:
A equipe do aeroporto de Viracopos tem trabalho com uma demanda acima da capacidade de resposta tendo em vista a redução de sua força de trabalho por motivos de aposentadorias recentes. A Anvisa vem tratando esta questão com a formação de forças tarefas que tem atuado no aeroporto de Viracopos. Uma próxima força tarefa já está programada para os próximos dias após o Carnaval.
A solução definitiva deste problema ainda depende da finalização dos processos de remoção de servidores para o referido aeroporto. Além disso, a Anvisa está atuando dentro do governo para viabilizar a realização de concurso público que recomponha a sua força de trabalho. A área de portos e aeroportos da Anvisa é a que mais tem sentido os efeitos das aposentadorias de servidores dos quadros mais antigos da Agência.
Atrasos em 2015
De acordo com o aeroporto, em setembro de 2015 a administração junto à Subcomissão Permanente de Comércio Exterior da Câmara dos Deputados Federais cobraram medidas da Anvisa para agilizar o transporte de volumes no aeroporto, que chegava a 40 dias.
Na época, o órgão federal conseguiu reduzir o tempo e as mercadorias chegaram a ser liberadas em até dois dias. Após esse período, os atrasos na liberação voltaram a crescer gradativamente, principalmente na linha de produtos de saúde.
Fonte: G1 Campinas.