O extintor automotivo é um item de segurança obrigatório no Brasil, mas nem todos sabem usá-lo. Nesses últimos dias, o equipamento ganhou destaque tanto na mídia quanto “na boca” de quem precisava adquiri-lo. Isso se deve a resolução 333/2009 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que entrou em vigor no dia 1º de janeiro, e estabelece que os carros devem estar equipados com os extintores ABC, e não mais com o antigo modelo BC. A falta dele acarreta em multa e pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Com isso, a procura pelo equipamento superou o estoque e fez até com que o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) adiasse por 90 dias o início da obrigatoriedade. De acordo com a Polícia Militar (PM), em Uberlândia, nenhum auto de infração foi lavrado no período de 1º a 5 de janeiro referente a falta de extintor automotivo.
Para sanar dúvidas em relação a utilização do extintor, conversamos com o capitão do Corpo de Bombeiros Relson Macedo. Segundo ele, em caso de princípio de incêndio basta retirar o equipamento do veículo e em seguida romper o lacre de segurança. “Depois do procedimento, considerado simples, basta apertar o gatilho do extintor e fazer a aplicação para conter as chamas”, disse.
Segundo Relson Macedo, a maioria dos focos de incêndio ocorrem devido a problemas no motor do carro. Para conte-lo, é necessário fazer uma pequena abertura no capô e fazer a aplicação do agente extintor de forma a eliminar esse princípio de incêndio. “A pessoa jamais deverá abrir o capô de uma vez, pois o oxigênio dá vida à chama e aumenta o fogo”, salientou.
O capitão disse também que é importante observar três itens no extintor, que podem afetar o resultado caso haja a necessidade de utilização. “O equipamento tem que estar com o lacre, a pressão deve estar com o ponteiro apontado para o verde e a data de validade em dia”, afirmou.
Novo modelo
O novo modelo de extintor (ABC), que se tornou obrigatório depois da resolução do Contran é mais eficientes, combatendo incêndios em mais materiais que o antigo, o BC. Ele custa o dobro do preço (R$ 65 a R$ 90) e quem circular sem o extintor está sujeito a multa de R$ 127, além da perda de cinco pontos na carteira. A resolução que definiu a mudança é de 2009, mas muito proprietários que deixaram para a última hora enfrentam problemas.
A procura foi maior que o estoque. Em Uberlândia, Uberaba e Divinópolis, por exemplo, os motoristas que buscaram pelo equipamento tiveram que se contentar com prateleiras vazias. Essa realidade também foi noticiada em diversas cidades do país.
O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) anunciou na noite de segunda-feira que adiaria por 90 dias o início da obrigatoriedade dos extintores de incêndio com carga ABC nos veículos automotores. O novo prazo será contado a partir da publicação de novo texto. A notícia da prorrogação alivia os condutores, que têm enfrentado martírio – e sem sucesso – para achar o equipamento. Fabricantes têm solicitado até quase sete meses para atender aos pedidos.
Fonte: Blog do Caminhoneiro.
