A venda de caminhões caiu consideravelmente no mês de janeiro. De acordo com dados divulgados pela FENABRAVE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), foram emplacados 7.262 caminhões novos no mês passado. Em dezembro, a federação havia registrado 9.639 unidades emplacadas. A redução foi de 24,66%.
Considerando todos os tipos de veículos, de motocicletas a implementos rodoviários, as vendas caíram 24,52%, passando de 363.142 unidades em dezembro para 274.093 em janeiro.
“Já vínhamos acompanhando as dificuldades que as montadoras, de forma geral, estão enfrentando com relação ao fornecimento de peças e componentes. Este gargalo se intensificou em janeiro, diminuindo, ainda mais, a oferta de produtos. Outros fatores relevantes impactaram nos resultados, como a segunda onda da pandemia da COVID-19. Regionalmente, tivemos fatos negativos, como os criados pelo Governo do Estado de São Paulo, que, em plena pandemia, aumentou o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para veículos novos e usados, tornando os negócios das concessionárias quase que impraticáveis e colocando em risco mais de 70 mil empregos no estado. Para se ter ideia, em São Paulo, a alíquota do ICMS, sobre veículos novos, passou de 12% para 13,3%, e, para os veículos usados, o aumento foi de 207%, saltando de uma alíquota de 1,8% para 5,52%. Além disso, com a fase vermelha no estado, as Concessionárias ficaram impedidas de funcionar, para vendas, no último final de semana do mês. Se considerarmos que São Paulo responde por mais de 23% das vendas de veículos novos e por cerca de 40% das transações de usados, no País, podemos ter a dimensão dos estragos que as medidas adotadas pelo Governador João Dória estão fazendo, tanto para empresários como para a população em geral, que vai pagar mais pelos carros e ainda correr risco de perder o emprego, como é o caso de quem está empregado em uma das 1.700 Concessionárias”, alerta o Presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior.
Apesar da queda no comparativo com dezembro, a venda de caminhões começou 2021 melhor do que havia começado 2020. Em janeiro do ano passado foram emplacados 7.181 unidades. Esse número reflete crescimento, de 1,13%, em janeiro de 2021.
Volkswagen é a segunda colocada, com 1.936 unidades vendidas e 26,66% de participação. A lista segue com Volvo, 1.016 unidades e 13,99% de participação, Scania com 610 unidades e 8,4%, Iveco, 558 e 7,68%, e DAF, com 311 unidades e 4,28%.
Volvo FH 540 segue como modelo mais vendido, com 400 unidades emplacadas em janeiro. Volkswagen Delivery 11.180 é o segundo colocado, com 377 unidades, Mercedes-Benz Actros 2651, com 323 unidades é o terceiro.
“Os caminhões, assim como os demais segmentos, vêm enfrentando a escassez de peças e componentes, que limitam a oferta. Observamos que a demanda se mantém aquecida, tanto pelos resultados das commodities, quanto pela boa oferta de crédito para o segmento. Já se trabalha com a programação de entrega, de alguns modelos de caminhões, para o mês de junho”, comentou Assumpção Júnior.
Fonte: Blog do Caminhoneiro