Notícias

Um ano após apresentar plano antienchente, Campinas elabora edital e busca custeio das obras

Secretaria de Infraestrutura diz que prevê publicar edital para primeira fase ainda neste primeiro quadrimestre e Executivo trabalha para conseguir recursos com o governo federal

Passado um ano da apresentação do projeto para conter enchentes principalmente nas Avenidas Orosimbo Maia e Princesa d’Oeste, pontos críticos de Campinas (SP) em períodos de chuva, a Secretaria de Infraestrutura ainda trabalha no edital do “plano antienchente” e o executivo busca recursos com o governo federal para custear as obras. Não há prazo para que as medidas saiam do papel.

Apresentado em 17 de março de 2022, o estudo divulgado pelo Executivo inclui sete reservatórios, sendo seis novos, além de uma galeria e três reforços em travessia de água.

A Infraestrutura diz que trabalha para publicar, ainda neste primeiro quadrimestre, o edital para a primeira fase dessas obras, que incluem dois piscinões na Princesa d’Oeste e um na Orosimbo Maia.

“Inicialmente, a estimativa de custo das obras desta fase eram da ordem de R$ 300 milhões, valor que ainda não está fechado, uma vez que depende da finalização do orçamento executivo”, diz a pasta.

Segundo o Executivo, “estão em andamento tratativas com o Ministério do Planejamento para financiamento junto à Corporação Andina de Fomento (CAF)”. Quando foi apresentado, o plano antienchente completo era estimado em R$ 581 milhões.

“Finalizada a primeira etapa, serão realizadas mais cinco obras na segunda fase: um piscinão na Orosimbo Maia, um na Norte Sul/ Princesa d’Oeste, uma terceira obra de remodelação no piscinão já existente na avenida Norte Sul (que servirá para os dois córregos), uma obra de alargamento de calha na Norte Sul (na altura da antiga sede da Administração Regional 2) e uma outra obra de alargamento de três pontes na Orosimbo Maia”, detalhou a pasta.

O projeto busca aliviar a pressão em dois dos pontos históricos de inundação na cidade, o Córrego Serafim, na Orosimbo Maia, e a Bacia do Anhumas, na Avenida Princesa d’Oeste. Pelo menos duas pessoas morreram por conta dos alagamentos nos últimos anos.

Em 31 de dezembro de 2021, uma mulher de 59 anos não resistiu após ficar presa embaixo de um carro. Antes, em 2017, um morador 36 anos morreu após tentar ajudar pessoas durante o temporal e ser arrastado pela enxurrada na região da Avenida Orosimbo Maia.

No final de 2022, a Princesa d’Oeste foi palco novamente de momentos de terror com as enchentes. Uma família de São José dos Campos (SP) viveu um momento de pânico. A via alagou e o carro em que as três pessoas estavam ficou ilhado. Todos escaparam ilesos.

O projeto

A primeira etapa do projeto prevê a construção de um reservatório sobre o CT do Guarani com capacidade de armazenamento de 150 mil m³ de água. Os outros reservatórios e a galeria de derivação serão divididos em:

  • Reservatório na Praça Ralph Stettinger (Av. Princesa d’Oeste), de 100 mil m³
  • Reservatório na Praça da Ópera (Av. João Pedro Burnier), de 80 mil m³
  • Galeria na Rua Joaquim de Azevedo Marquês

Já a segunda etapa inclui outros três reservatórios novos e a melhoria no “piscinão da Norte-Sul”, na Avenida José Souza Campos. Veja, abaixo, como será:

  • Reservatório na Praça René Pena, de 40 mil m³
  • Reservatório na Praça Ópera Joana de Fiandres, de 140 mil m³
  • Reservatório na Av. Orosimbo Maia com Av. Anchieta, de 60 mil m³
  • Melhoria no reservatório na Avenida José de Souza Campos para capacidade subir para 100 mil m³

Cada etapa pode ser feita em torno de 12 meses, segundo a pasta, mas o prazo também depende da dinâmica de obtenção de recursos.

resumo obras campinas - Sindicamp
Resumo das obras do plano antienchente apresentado por Campinas em 2022 — Foto: Reprodução/Prefeitura de Campinas

Fonte: g1 Campinas e Região/ Foto: Arquivo pessoal

Compartilhe: