Como é do conhecimento do mercado, o transporte rodoviário de cargas funciona como um termômetro do nível da atividade econômica por transportar para todos os segmentos de negócios e também sofre com as oscilações do mesmo, e assim estamos presenciando uma concorrência predatória em busca de recuperar e/ou manter o nível de faturamento e rentabilidade do setor, que por se só já sofre de problemas de ausência de boas praticas de gestão e governança empresarial apesar de termos Empresas com excelência na prestação do serviço de forma regular e satisfatória.
Nestes dias difíceis temos Empresas com ofertas abaixo do preço necessário para manter suas atividades procurando simplesmente ganhar tempo, aguardando a economia melhorar e assim vemos propostas do tipo: um mês de cortesia de frete amarrando o contrato de um ano, e que nos sabemos que a atividade não tem margem que absorva este desconto e assim causa um efeito negativo para todo o mercado e seus concorrentes que só tem seus resultados agravados. Fazendo uma comparação com pacientes em fila de espera de doadores de órgão que fica a espera da morte de alguém para recebeu a doação, é como se algumas Empresas estivessem esperando a mortalidade de seus concorrentes para receber a doação de seus “órgãos” Clientes em uma aposta suicida de mercado, o que é lamentável para essa atividade tão importante para nossa economia.
Outra consequência é redução do crédito por parte das instituições bancárias, e assim encarece o capital de giro piorando ainda mais os resultados já aquém do necessário a manutenção da atividade, fazendo com que algumas Empresas recorram ao financiamento via não recolhimento dos impostos federais (PIS e CONFINS) que ao longo do prazo farão REFIS e dependendo do tempo, o custo do dinheiro ficará menor que o bancário.
Fonte: Blog do Francisco Pontes.