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Transportadoras não identificam economia de combustível significativa em veículos Euro 5.

 

Uma pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística envolvendo 113 empresas de transporte de cargas apontou que praticamente não houve economia de combustível após dois anos e meio da introdução da norma Proconve 7 no Brasil.

Das participantes do estudo, 62 empresas (54,9%) responderam que não houve economia de combustível nos novos veículos Euro 5. Outras 25 (22,1%) vislumbram redução de consumo entre 0,1% e 2,5%, enquanto 19 (16,8%) citam economia entre 2,6% e 5%. Apenas cinco companhias (4,4%) constataram economia entre 5,1% e 7,5% e somente duas (1,8%) tiveram redução de 7,6% a 10%. Com isso, a economia média não passa de 1,35%.

Acredita-se que o resultado pode estar sendo influenciado pelas dificuldades das empresas em controlar seus custos ou mesmo pelo temor de que a redução possa motivar o pedido de desconto nos fretes pelos embarcadores.

Segundo 109 empresas (96,5%), a economia obtida não foi suficiente para compensar os aumentos de preços de caminhões, óleo diesel com menor teor de enxofre, além da introdução do Arla 32. Além disso, 72 empresas (67,3%) tiveram de absorver totalmente este ônus. Outras 34 (30,1%) absorveram parcialmente os aumentos e apenas sete (6,2%) conseguiram repassar o custo ao mercado.

O alto preço do Arla 32 foi um grande problema inicial e que persiste até hoje. 75 empresas (66,4%) informaram que o preço do Arla era muito alto.

Outras 33 (29,2%) disseram que era alto. Apenas cinco (4,4%) encontraram Arla a preço normal ou baixo.

Hoje, 28 empresas (24,8%) consideram o preço do Arla muito alto, 55 (48,7%), alto, enquanto 28 (24,7%) dizem que é normal e duas (1,8%) consideram baixo.

Em 98 empresas (78,8%) os motoristas não passaram por treinamento antes de operar o caminhão Euro 5. Por isso, houve algum tipo de rejeição à nova tecnologia em 34 empresas (30%).

Ainda de acordo com a pesquisa, 70 empresas (61,9%) não receberam nenhum tipo de treinamento das montadoras, distribuidoras de combustível ou de Arla sobre a Euro 5. 52 empresas (46,0%) conseguiram operar os veículos Euro 5 com normalidade em até três meses. Outras 27 (23,9%) levaram até seis meses, enquanto 18 (15,9%) precisaram de até um ano, 15 (13,3%) de um a dois anos e 1 (0,9%) levou mais de dois anos.

Quanto à introdução do Euro 6, 47 empresas (41,6%) acham que isso pode ser feito nos próximos três anos; 33 (29,2%) em até seis anos; 18 (15,9%) em mais de seis anos e 15 (13,3%) que não deveria ser introduzido. 61 empresas (54%) consideram que a introdução do Euro 6 terá as mesmas dificuldades do Euro 5. Outras 33 (29,2%) acham que as dificuldades serão menores e apenas 19 (16,8%) que as dificuldades serão maiores.

Fonte: Transporta Brasil.

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