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Transportadoras estimam aumento de 14% no frete.

 

O reajuste nos preços dos pedágios vai provocar um aumento na cobrança de fretes por parte das transportadoras. Além das tarifas mais caras nas rodovias, o cálculo das empresas de transporte de cargas avalia também a medida tomada pelo governo do Estado no ano passado, que determinou o fim da isenção de pagamento dos eixos suspensos.

A estimativa do Sindicamp (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e região) é que o custo dos fretes tenha um reajuste de até 14%.

O anúncio de aumento nas tarifas das praças de pedágio está causando discussões entre as concessionárias que administram as rodovias e a Artesp (Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo). A reivindicação é que o reajuste ficou abaixo da inflação, já que no ano passado não houve variação nas tarifas. Para as transportadoras, porém, as discussões não levam em consideração a mudança das cobranças dos eixos, que já haviam causado prejuízos para o transporte de cargas. Na RPT (Região do Polo Têxtil), o aumento na Rodovia Anhangüera, no trecho em Nova Odessa, e na Rodovia dos Bandeirantes, em Sumaré, que passou a valer ontem, é de R$ 0,40.

“Durante as manifestações do ano passado, o governo paulista estipulou que os pedágios não teriam reajuste, mas, em contrapartida, o repasse das concessionárias para o Estado seria reduzido e os eixos suspensos dos caminhões seriam cobrados. Se houver um novo aumento acima da inflação teremos de reivindicar nossos direitos”, defendeu o presidente do Sindicamp, José Alberto Panzan. “O impacto que sofremos ano passado foi grande e não conseguimos repassar o valor do frete porque os clientes levam em conta apenas a viagem de ida das cargas. Com esse reajuste, não conseguiremos evitar um aumento”, acrescentou.

Um balanço feito pelas transportadoras da região apontou que o pagamento dos pedágios. representa 15% custo operacional do transporte de cargas, que ainda contabiliza principalmente o combustível, folha de pagamento e impostos. De acordo com Artur Mendes, diretor de uma empresa de Americana, a cobrança do eixo suspenso teve um aumento de 33% nos gastos. “Infelizmente quem paga é o consumidor final. Cada transportadora terá que expor a realidade porque hoje os pedágios estão presentes até mesmo em curtas distâncias”, comentou. Em nota, a Artesp informou que vem monitorando o equilíbrio econômico financeiro das concessionárias e negou desrespeito aos contratos.
Fonte: O liberal.

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