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Tarifa aumenta em 11 praças de pedágio da região de Campinas a partir desta terça-feira; veja locais

Reajuste varia entre R$ 0,10 e R$ 0,30 em praças situadas em oito cidades. Para economista, alta pode influenciar um aumento nos preços de itens básicos.

Onze praças de pedágio localizadas em oito cidades da região de Campinas (SP) registram um aumento no preço das tarifas cobradas desde a meia-noite desta terça-feira (1º). O reajuste varia entre R$ 0,10 e R$ 0,30 e, de acordo com um economista ouvido pela EPTV , afiliada TV Globo, pode gerar reflexos nos preços de itens básicos. Veja abaixo.

Na região, os valores foram reajustados em 1,88%. Segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), a atualização tem como critério a correção da inflação acumulada entre julho de 2019 e junho de 2020 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O reajuste deveria ter entrado em vigor em 1º de julho, conforme estabelecido em contrato de concessão válido para as rodovias das três primeiras etapas do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, mas foi postergado em razão da pandemia da Covid-19.

Aumento em praças da região

CidadeRodoviaQuanto custavaQuanto passa a custar
Espírito Santo do PinhalSP-340, km 191,8R$ 9,30R$ 9,50
Estiva GerbiSP-340, km 192,8R$ 7,50R$ 7,60
IndaiatubaSP-075, km 60+800 mR$ 13,80R$ 14,00
IndaiatubaSP-075, km 62R$ 13,80R$ 14,00
JaguariúnaSP-340, km 123,5R$ 12,50R$ 12,70
Monte MorSP-101, km 29+700 mR$ 7,20R$ 7,40
PaulíniaSP-332, km 135,5R$ 8,60R$ 8,80
PaulíniaSP-332, km 132,5R$ 11,90R$ 12,20
SumaréSP-348, km 115+520 mR$ 8,40R$ 8,60
ValinhosSP-330, km 82R$ 9,50R$ 9,70
ValinhosSP-330, km 81R$ 9,50R$ 9,70

Fonte: Artesphttps://ab3e9e8dedec1505f2edd18b57a07ac4.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Aumento preocupa motoristas

Empresária no ramo de comunicação, Cássia Gargantini mora em Americana (SP), tem escritório em Campinas (SP) e viaja com frequência para atender os clientes de sua agência. Nos trajetos que faz diariamente, se depara com muitos pedágios e ressalta que lida, ainda, com o aumento no preço do combustível.

“Para absorver isso, você tem que cortar outras coisas. Você demite, corta turno, enfim, é um ano difícil e, com esse tipo de aumento, vai ficando cada vez mais difícil”, diz.

Outros reflexos

Para o economista Izaias Borges, embora os aumentos em centavos não pareçam gerar grandes prejuízos, a situação torna-se grave quando os encarecimentos se acumulam – como através do aumento no combustível, dos itens da cesta básica e das mudanças nas regras de tarifas de energia elétrica.

O especialista também reforça outros dois agravante: o primeiro é que, no contexto atual de recessão e desemprego, é pouco provável que haja uma recomposição salarial para compensar os aumentos citados. O segundo é o efeito dominó do encarecimento dos pedágios.

“Mesmo as pessoas que não usam [os pedágios] poderão sofrer com esse aumento, que pode gerar um aumento no custo do frete e refletir em uma pressão maior ainda no aumento de preços para o consumidor final. Com aumento do frete mais aumento de combustível, você tem uma pressão no custo que pode contribuir ainda mais com os aumentos em produtos básicos”, explica.

Fonte: G1

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