Notícias

Tarcísio de Freitas diz que SP tem ‘divergências ajustáveis’ com atual texto da reforma tributária

Governador de São Paulo afirmou que estado está de acordo com os principais pontos da proposta, mas sugeriu alterações em tópicos que levantaram preocupação

 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta segunda-feira (3) que o estado está de acordo com os principais pontos abordados no atual texto da reforma tributária, mas existem tópicos que geram preocupação.

A expectativa é a de que a reforma tributária seja analisada pelo Congresso Nacional neste mês de julho. O ministro da Fazenda Fernando Haddad diz que pretende votar a proposta ainda nesta semana. A reforma tem enfrentado resistência de governadores e prefeitos.

Na noite de domingo (2), Tarcísio se reuniu com deputados federais da bancada paulista e representantes de diversos partidos políticos no Palácio dos Bandeirantes para debater pontos previstos na reforma.

Segundo o deputado Baleia Rossi, presidente do MDB, o governador demonstrou apoio a 90% do texto em seu formato atual e sugeriu três alterações, que devem ser encaminhadas ao relator da proposta, Aguinaldo Ribeiro.

“Fizemos reunião com as lideranças, com o setor empresarial, com o coordenador da bancada, ontem fizemos reunião com a bancada de São Paulo, fizemos reunião com o relator. Então, acho que todo mundo já conhece quais são os pontos de São Paulo, as divergências, que são poucas e são divergências ajustáveis para que a gente possa preservar o federalismo“, afirmou Tarcísio nesta terça.

O governador classificou a tentativa de mudança no sistema tributário brasileiro como possivelmente “a reforma mais importante e mais abrangente dos últimos anos”. De acordo com ele, o estado de São Paulo tem um histórico de oposição à tratativas nesse sentido, mas a medida tende a beneficiar o território paulista, se analisado por uma perspectiva mais abrangente.

“Há de se compreender o grande esforço que São Paulo está fazendo. A gente está topando perder parte da arrecadação no curto prazo, a partir da perspectiva de que o fim da guerra fiscal vai ser benéfica para o estado a médio/longo prazo“, disse o governador.

O atual texto da reforma tributária também foi alvo de críticas por parte do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes. “Se votar o texto do jeito que está, a cidade de São Paulo perde R$ 15 bilhões”, afirmou, ressaltando que a mudança no sistema tributário é importante, mas que não deveria afetar o pacto federativo, ou seja, a distribuição dos recursos entre os estados.

Fonte: g1 São Paulo

Compartilhe: