O agronegócio paulista acumula no período de janeiro a agosto superávit de US$ 14,4 bilhões, 6,9% acima do resultado obtido em igual período de 2022, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. As exportações do setor cresceram 5,6%, para US$ 17,84 bilhões, e as importações, 0,6%, a US$ 3,44 bilhões. “No total do Estado (somando todos os setores da economia), as exportações de produtos agrícolas de São Paulo são 39,1%, enquanto a participação das importações é de 7,1%”, disse a Secretaria, em nota.
As exportações do agro de São Paulo no período representaram 15,8% do agronegócio brasileiro, alta de 0,2 ponto porcentual ante ao mesmo período de 2022. Já as importações cresceram 0,5 p.p., passando de 30,3% para 30,8%, informou a pasta.
No período de oito meses, a receita com as exportações dos principais grupos de produtos da pauta cresceu, caso do complexo sucroalcooleiro (+25,9%), de sucos (+16,4%) e florestais (+1,0%). Já em outros houve retração, caso das carnes (-25,8%), café (-10,0%) e complexo soja (-3,6%). “Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados”, explicou a secretaria.
Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista no acumulado de janeiro a agosto de 2023 foram complexo sucroalcooleiro (US$ 6,09 bilhões, sendo que desse total o açúcar representou 87,5% e o etanol, 12,5%); o complexo soja (US$ 3 bilhões, sendo 84,5% vindos do grão); o setor de carnes (US$ 2,01 bilhões, sendo 80,9% bovina); produtos florestais (US$ 1,78 bilhão, com 50,5% de celulose e 41,5% de papel) e o grupo de sucos (US$ 1,33 bilhão, dos quais 97,4% referentes ao de laranja). “Esses cinco agregados representaram 79,6% das vendas externas por setor no Estado. Já o grupo de café, tradicional nas exportações, aparece na sexta posição, com vendas de US$ 631,47 milhões (68,1% referentes ao verde e 24,5% de solúvel).”
Em relação à participação de cada grupo na balança (considerado volume e receita), o sucroalcooleiro é o que lidera com 34,1%, com aumento de 25,9% na receita e 6,6% no volume. Só de açúcar a receita avançou 30,1% e o volume, 6,3%. Já para o álcool (etanol), os embarques apresentaram elevações de 11,2% em volume e de 2,5% em valores. O complexo soja ficou na segunda posição, com elevação nos embarques (+8,4%) e queda em valores (-3,6%). O grão, principal produto, apresentou variação negativa de valores (-5,4%), mas com aumento em volumes (+6,4%), em comparação ao mesmo período de 2022. As carnes apresentam perdas em valores (-25,8%) e em volume (-5,4%) no mesmo período.
O suco de laranja (FCOJ concentrado e congelado) registrou aumentos de 20,8% no valor e de 0,6% no volume exportado. Para o suco NFC (não congelado), as vendas externas cresceram em valor (+30,9%) e em volume (+22,6%). No tocante ao café, os resultados apontaram quedas de 10,0% nos valores e 11,3% no volume das exportações paulistas. O principal produto deste grupo é o café verde, que apresentou queda de 15,1% na receita e de 11,0% em volume.
Os principais produtos de importação do agronegócio paulista no acumulado de janeiro a agosto de 2023 foram papel (US$ 270,00 milhões), salmões (US$ 259,31 milhões) e trigo (US$ 227,35 milhões).
Fonte: Dinheiro Rural