Na última sexta-feira (10), o segundo dia do Conet&Intersindical contou com a presença de mais de 50 entidades brasileiras em Rio Quente/GO, que se reuniram para debater assuntos de extrema importância para o TRC.
O primeiro tema do segundo dia do evento foi o roubo de cargas. Entre as apresentações, Coronel Adilson Pereira de Carvalho, presidente do Comitê Gestor da Política Nacional de Combate ao Roubo de Cargas, falou sobre os desafios do comitê e concluiu afirmando que “somente a tecnologia pode trazer a eficiência necessária para combater o roubo de cargas”.
Tayguara Helou, presidente do SETCESP, ressaltou a importância de programas como PróCarga e Alerta Brasil e disse que “com a ampliação dos pontos de monitoramento que cobrirão todas as estradas brasileiras e os esforços para integrar os dados de todas as polícias, o combate ao roubo de carga será muito mais eficiente. Porém, isso ainda levará algum tempo e, enquanto isso, o transportador continua tendo que investir, cada ano mais, em seus sistemas de gerenciamento de riscos, mesmo com o faturamento não acompanhando este ritmo”.
O Presidente do SETCESP ainda defendeu que deveremos ter uma força tarefa nacional no combate contra os receptadores de cargas roubadas. “Sabemos que há grandes grupos receptadores de carga roubada e a Polícia Federal deveria encampar uma grande investigação em âmbito nacional para punir estes receptadores, pois sabemos exatamente quem são, basta coragem e força de vontade. Se não houver receptação não há roubo de cargas.”, relatou Tayguara.
Ainda sobre o tema, Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico executivo da NTC&Logística, apresentou um estudo sobre o Impacto de Gerenciamento de Riscos nos Custos do Transporte Rodoviário de Cargas. O levantamento mostrou que os custos com o gerenciamento de riscos chegam hoje a 7,90% do faturamento das transportadoras, aumento de 21,00% em relação a 2016.
O segundo assunto do dia foi a Reforma Trabalhista e os participantes tiveram a oportunidade de apreciar e debater as propostas do Governo que contemplam os pleitos do setor de transportes de carga.
“A CLT precisa refletir as diversas relações de trabalho que temos hoje, empresas e empregados ganharão com a flexibilização de formas de contratação, pois sabemos que hoje a CLT causa um mal para empresas, mas acima de tudo, aos trabalhadores”, conclui Tayguara.
O próximo Conet&Intersindical acontecerá em agosto deste ano, no Rio de Janeiro/RJ.
Fonte: Setcesp.