Desde janeiro até esta terça-feira (28), o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) registrou 211 ocorrências com balões não tripulados. Esses artefatos, mais comuns na época das festas juninas, aumentam o risco de acidentes aeronáuticos.
Os casos são informados principalmente por pilotos, controladores de tráfego aéreo e operadores aeroportuários. O estado de São Paulo responde por mais de metade dos casos: 132 em 2016. Em seguida vêm Rio de Janeiro e Paraná, com 51 e 19, respectivamente
Do total de ocorrências, aproximadamente 25% geraram algum efeito no voo, ou seja, o piloto foi obrigado, por exemplo, a desviar, fazer manobras bruscas, abortar operações de pousos ou decolagens e arremeter a aeronave devido ao risco de colisão.
Soltar balões é considerado crime, devido aos prejuízos à navegação aérea. Quem faz isso está sujeito a pena de reclusão de dois a cinco anos, prevista no artigo 261 do Código Penal.
Para alertar a população a respeito do tema, a SAC (Secretaria de Aviação Civil) deu início à campanha “Balão é coisa séria”. Com ações nas redes sociais – Facebook, Twitter e Youtube – e em portais institucionais, o material esclarece sobre os riscos e possíveis consequências dessa prática no Brasil.
Além dos danos à navegação aérea, balões não tripulados também podem causar danos à rede elétrica e cair em florestas, residências e indústrias, provocando incêndios e colocando em risco a segurança de quem está no solo. A SAC alerta, também, que mesmo os balões chamados de “ecológicos”, apesar de não causarem incêndios, também põem em risco o tráfego aéreo.
Natália Pianegonda
Fonte: Agência CNT de Notícias.