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Região de Campinas retorna às fases laranja e vermelha do Plano SP a partir desta segunda-feira

A região de Campinas (SP) retorna, a partir desta segunda-feira (25), às fases laranja e vermelha do Plano São Paulo de retomada das atividades econômicas. A medida foi anunciada pelo governo estadual na sexta (22) por conta do aumento dos casos, mortes e internações por Covid-19 nos últimos 15 dias, além da pressão por leitos de UTI exclusivos para tratamento da doença.

Os municípios da região foram reclassificados da fase amarela para a laranja, que não permite a abertura, por exemplo, de bares, pela primeira vez desde agosto do ano passado. Além disso, as cidades devem aplicar as regras da etapa vermelha, a mais restritiva, aos finais de semana, feriados, e das 20h às 6h em dias úteis.

Durante a fase vermelha, apenas serviços essenciais como padarias, mercados e farmácias podem funcionar. Bares, restaurantes e comércio não poderão abrir. [Veja abaixo o que abre em cada uma das fases]

Ocupação das UTIs

De acordo com dados da Fundação Seade, a taxa de ocupação dos leitos de UTI atingiu, na quinta-feira (21), 70,4% no DRS-7. O índice indicou que a região deveria mesmo ser reclassificada para a fase laranja.

Na última reclassificação do estado, a região de Campinas, que já vinha registrando alta nos indicadores, apresentava 69,6% dos leitos de terapia intensiva ocupados. Em uma semana, o avanço da doença elevou os índices a patamares semelhantes aos registrados em setembro, com média de 154 novas internações por dia no DRS-7.

Além do aumento de internações, os municípios registraram uma variação de 5,9% nos casos novos da doença, e a média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, outro indicador considerado na classificação.

Em Campinas, os leitos de UTI para tratamento de Covid-19 na rede pública atingiram 100% de ocupação durante quatro horas na madrugada de sexta para sábado (23). Por isso, a prefeitura espera “agilizar” a liberação de 15 novas vagas. No domingo (24), o índice de lotação geral, somando SUS estadual e municipal, além da rede privada, era de 83,91%. A prefeitura reforma a necessidade de evitar aglomerações para conter a transmissão da doença.

Desde o início do ano, o governo paulista tem feito reclassificações semanais. No final de 2020, a gestão estadual chegou a colocar o estado na fase vermelha nos finais de semana do Natal e do Ano Novo para tentar evitar aglomerações e, consequentemente, os riscos de contaminação.

Bares e restaurantes

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) criticou a decisão do governo de regredir todo estado à fase vermelha do Plano SP aos finais de semana e feriados, e das 20h às 6h em dias úteis, além da adoção das regras da fase laranja nos demais períodos na região de Campinas.

Para Matheus Mason, presidente da Abrasel na Região Metropolitana de Campinas (RMC), os empresários não terão como pagar os salários dos funcionários em março com as novas regras.

De acordo com Mason, 60% do faturamento do setor ocorre aos finais de semana, e 54% do consumo ocorre no período noturno, períodos em que a fase vermelha prevê a proibição do atendimento presencial e vendas apenas por delivery ou drive-thru.

“A gente está numa fase laranja deturpada de vermelha, que acaba com faturamento, com a chance de receber clientes, conseguir fazer uma receita para pagar salário. Em março, como um todo, o setor não vai conseguir pagar salário”, afirma.

Fase vermelha

O que fica fechado

  • Comércio de rua e shoppings
  • Bares e restaurantes
  • Salões de beleza, cabeleireiros e similares
  • Academias e centros esportivos

 

Serviços essenciais liberados

As atividades liberadas na classificação da fase vermelha são:

  • Saúde: hospitais, clínicas, farmácias, clínicas odontológicas, lavanderias e estabelecimentos de saúde animal;
  • Alimentação: supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres. É vedado o consumo no local;
  • Bares, lanchonetes e restaurantes: serviços de entrega (delivery) e que permitem a compra sem sair do carro (drive-thru). Válido também para lojas em postos de combustíveis;
  • Abastecimento: cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção;
  • Logística: estabelecimentos e empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos;
  • Serviços gerais: lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica de produtos eletroeletrônicos e bancas de jornais;
  • Segurança: serviços de segurança pública e privada;
  • Comunicação social: meios de comunicação social, inclusive eletrônica, executada por empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
  • Construção civil, agronegócios e indústria: sem restrições;

 

Fase Laranja

  • Todos os setores de comércio e serviços passam a ser permitidos. A exceção é o atendimento presencial em bares, que continua proibido;
  • Capacidade de ocupação: antes era de 20% e vai para 40% em todos os setores;
  • Funcionamento máximo: ampliado de 4 para 8 horas por dia;
  • Horário de fechamento: atendimento presencial só poderá ser feito até 20h;
  • Parques estaduais, salões de beleza e academias: poderão abrir;

 

Fase amarela

  • Todas as atividades podem funcionar, exceto as não essenciais que geram aglomeração;
  • Capacidade limitada a 40% de ocupação para todos os setores;
  • Funcionamento máximo de estabelecimentos limitado a 12 horas por dia, com exceção de restaurantes que podem abrir por até 10 horas diárias, segundo o estado;
  • Parques estaduais abertos;
  • Restrição de atendimento presencial até as 20 horas em bares;
  • Restrição de atendimento presencial até as 22 horas em todos os demais estabelecimentos;

Fonte: G1

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