
Rodovias federais que foram privatizadas tiveram que instalar radares para fiscalizar o respeito aos limites de velocidade. Mas as multas não estão sendo aplicadas.
As placas avisam que a velocidade é controlada. Na Fernão Dias, principal rodovia entre Minas e São Paulo, há 19 radares. Mas, até agora não foram ativados e, por isso, não multam os motoristas infratores.
“O radar tem a função pedagógica muito importante na redução da velocidade, na redução dos acidentes de trânsito. Ele não funcionando, ele não emitindo a multa, as pessoas perdem a credibilidade e desobedecem”, afirma o mestre em engenharia de transportes Osias Batista.
Pelo contrato com o Governo, nos últimos dois anos concessionárias que administram pelo menos oito rodovias federais foram obrigadas a implantar equipamentos de fiscalização. Só em agosto, na Fernão Dias, mais de 150 mil veículos acima da velocidade, foram, apenas, fotografados pelos radares.
Motorista: Não estão multando?
Jornal Nacional: Não.
Motorista: Não sabia.
Deveriam, mas, a burocracia é o que tem impedido os radares de funcionar normalmente nas rodovias federais concedidas à iniciativa privada. O motivo é que faltam ajustes técnicos no convênio feito entre a ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, e a Polícia Rodoviária Federal.
“Nós temos um calendário que a cada 15 dias elas vão começar a ser ativadas. Esse calendário começa a partir do dia 15 de outubro”, explica o chefe de divisão de multas e penalidades inspetor Antoneudo Ribeiro.
Apesar das multas não terem sido cobradas, a visualização dos radares produziu um efeito positivo na rodovia Régis Bitencourt. Houve uma redução no número de acidentes e mortes no primeiro semestre desse ano na comparação com mesmo período de 2013. Com ou sem radar, o certo é fazer igual a
Seu Adermander: obedecer as placas de sinalização.
“Eu vou permanecer como sempre. Vou manter a regra de velocidade permitida”, diz o motorista Adermander Santos Souza.
Fonte: G1.