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Quem são os 2 grupos que vão operar o trem que ligará São Paulo a Campinas

Um consórcio composto por dois grupos empresariais — o brasileiro Comporte e a estatal chinesa CRRC — venceu o leilão do trem que ligará São Paulo a Campinas.

Comporte Participações

A Comporte Participações S.A. pertence à família Constantino, que fundou a Gol Linhas Aéreas, e administra diversas empresas de transporte rodoviário e urbano de passageiros e de cargas. Na lista das companhias que controla, estão:

· BluMob

· BR Mobilidade Baixada Santista

· Cidade Verde

· Empresa Cruz

· Expresso Caxiense

· Expresso de Prata

· Grande Bauru

· Joseense

· Maringá do Vale

· Penha

· Piracicabana

· Princesa

· Tex Encomendas

· Transporte Coletivo Cidade Canção

· União

· União Express

· Val Viação

O grupo também tem a concessão do metrô de Belo Horizonte (MG), conquistada em um leilão que teve uma única proposta.

A Comporte Participações S.A iniciou suas atividades em 10 de junho de 2002 para unificar a gestão das empresas que participa ou controla como sócia ou acionista. É uma companhia de capital fechado.

Com sede em São Bernardo do Campo, no ABCD paulista, o grupo tem hoje mais de 10 mil funcionários. Atingiu a receita líquida de R$ 2,9 bilhões em 2023, segundo o relatório demonstrações financeiras individuais e consolidadas, divulgado no seu site.

O resultado é 18% superior ao atingido em 2022. No documento também consta que “em meio a um cenário repleto de desafios econômicos, ambientais e sociais, em 2023 o Grupo Comporta se empenhou em promover um crescimento sustentável das suas atividades nas empresas que compõem o grupo, que hoje juntas possuem uma frota de mais de seis mil veículos, atendendo um total de 80,7 milhões de pessoas em mais de 70 cidades, em 16 estados”.

CRRC forneceu trens para MetrôRio e SuperVia

A CRRC é uma estatal chinesa que fabrica trens e materiais ferroviários. É considerada uma das maiores empresas do mundo no setor, com 180 mil funcionários e 46 subsidiárias. Já forneceu trens para a Supervia e o metrô do Rio de Janeiro.

A companhia, com sede em Pequim, na China, tem rendimento anual de US$ 37,8 bilhões (R$ 187 bilhões), ocupando o 266º lugar de top 500 da Fortune do mundo, segundo descreve eu seu site.

Seu foco é a produção de equipamentos de transporte ferroviário, infraestrutura urbana e indústria de serviços.

Na lista dos países que já compraram trens fabricados pela companhia, estão: Alemanha, Suíça, Japão, Estados Unidos, México, Portugal e Turquia. Nos últimos anos, saiu vencedora de leilões para construir linhas de metrô em Medellín e Bogotá.

Nos EUA, a fabricante enfrenta turbulência devido a uma lei criada durante o governo do ex-presidente Donald Trump, que proíbe que agências de trânsito usem recursos federais para comprar vagões fabricados por estatais chinesas.

Em seu portfólio constam locomotivas elétricas e a diesel, trens de alta velocidade, unidades elétricas e a diesel múltiplas, carros de Metrô, veículos ferroviários leves, ônibus, vagões e máquinas de trilhas.

No Brasil, a CRRC forneceu os trens para o MetrôRio e SuperVia, no Rio de Janeiro (RJ). Em 2019, 40 trens da companhia foram tirados de circulação devido a problemas nas caixas de tração dos trens. Em São Paulo, a CRRC é a fabricante dos trens da série 2500 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Fonte: Economia UOL/ Foto: Marcelo S. Camargo / Governo dos Estado de SP

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