Na manhã da última sexta-feira (14), aconteceu a terceira edição digital do Programa Inovação, Estratégia e Gestão Empresarial de 2021 com o tema “Motorista 4.0 – Visão ampliada do ato de dirigir”. O evento on-line contou com cerca de 157 espectadores, entre gestores, colaboradores e empresários do setor.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Campinas e Região (SINDICAMP), José Alberto Panzan, fez uma breve introdução de boas vindas aos espectadores. “Tenho certeza que será um evento muito produtivo, com vários insights que irão colaborar com o capital humano das empresas”, pontuou.
Em seguida, Wagner Fonseca, diretor da NETZ e mediador, apresentou os convidados Douglas Santana, da Rodonaves; Rafael Marchesi, do SEST SENAT; Fernando Zingler, do Instituto Paulista de Transporte de Cargas (IPTC); José Aurélio Ramalho, do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), que discorreram sobre a qualificação técnica e humana dos motoristas, comentando também sobre os processos de profissionalização dos motoristas de caminhão.
O termo 4.0 teve sua origem na indústria e representa a ideia de trabalho, somado às tecnologias que automatizam processos e realizam troca de dados, utilizando conceitos da transformação digital como internet das coisas e computação em nuvens. Também aliado ao “4.0”, o motorista terá de conviver cada vez mais com essa revolução tecnológica em seu dia a dia, e para isso, precisará ir muito além do ato de dirigir.
“Nós temos que pensar no todo do motorista 4.0, não apenas em sua qualificação profissional, mas em sua qualificação como indivíduo também. O motorista precisa de qualificação tanto quanto precisa de qualidade de vida”, conta Rafael.
Segundo José Aurélio, a tecnologia sozinha não irá realizar essas transformações que o setor necessita, “podemos ter motoristas mais e melhor qualificados, ainda mais por plataformas oferecidas pelo SEST SENAT”, aponta.
Além de comentarem sobre diversos assuntos pertinentes para o setor, Rafael reitera a importância de se renovar os profissionais, tornando essas vagas de emprego atrativas para jovens: “É óbvio que temos que atrair o jovem para a profissão. Nem 3 ou 4 horas servirão para a formação do motorista, isso é demorado, é inevitável!”, indica Rafael.
Ao final do evento, Douglas observou sobre a importância de se construir uma cadeia de soluções que parta desde a captação do profissional ainda jovem. “Precisamos apresentar a profissão a fim de encantá-lo; que o acompanhe durante seu curso de formação de condutores até o momento em que esse jovem motorista ingresse em sua vida profissional, já em uma empresa de transportes”, completa.