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Protesto de auditores em Viracopos gera gastos de R$ 7 milhões, diz Ciesp

 

Indústrias associadas da regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) registraram um acréscimo de até 15%, só em agosto, nos custos de armazenagem no Aeroporto Internacional de Viracopos. O percentual é o equivalente a R$ 7 milhões a mais de gastos das empresas que usam o terminal para exportar e importar.

O prejuízo, segundo o Ciesp, é devido aos protestos dos auditores fiscais, que reivindicam aumento salarial de 21,3%. Há dois meses eles iniciaram uma operação padrão, que resulta em um rigor maior nas fiscalizações de cargas de exportações e importações. Este procedimento aumenta o prazo de liberação de mercadorias.

Filas de caminhões têm se formado no terminal de Campinas e o tempo de espera tem saltado de 30 minutos, em média, para até quatro horas, segundo os empresários e motoristas de carretas. No início dos protestos em 14 de julho, o terminal de passageiros também chegou a ser afetado.

Liminar

O Ciesp conseguiu uma liminar que obriga os auditores a liberar as cargas dos associados, de acordo com os trâmites normais. O Sindicato dos Auditores Fiscais informou, por meio da assessoria de imprensa, que o objeto da liminar é a Receita Federal e que ordem judicial deve ser cumprida, mas a operação padrão dos auditores continua. A Receita não vai se pronunciar.

De acordo com o diretor de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, a operação padrão agrava a crise enfrentada pelas 500 indústrias associadas na região. Juntas elas faturam anualmente R$ 37,18 bilhões e empregam 91 mil pessoas.

Ainda segundo o diretor de Comércio Exterior, as empresas ainda não dimensionaram os custos a mais que terão com as transportadoras, que retiram cargas de Viracopos. Com o aumento da espera, os motoristas fazem horas adicionais e este custo vai ser repassado para o setor.

Os setores mais prejudicados pelos protestos dos auditores são de fármacos e eletroeletrônicos informou o Ciesp. 

Exportações

O Ciesp divulgou ainda que nos 19 municípios atendidos pela regional Campinas, a região apresentou em agosto um saldo comercial deficitário em US$ 600 milhões . Este “volume” reduziu o déficit comercial em relação a agosto de 2015, que foi de US$ 610 milhões.

Em relação às exportações, as empresas tiveram um aumento de 5,3%, passando de US$ 260 milhões para US$ 280 milhões. As importações registraram alta de 1,1%, indo de US$ 870 milhões para US$ 880 milhões.

Fonte: G1.

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