
A produção e o consumo de biodiesel devem aumentar em 5% neste ano na comparação com 2015, segundo estimativas da Aprobio (entidade que representa o setor). Caso se concretize, o volume a mais representará um acréscimo de 220 mil litros em relação ao ano passado.
Em março, as perspectivas mais otimistas da entidade apontavam que a produção neste ano iria repetir a de 2015, de 3,94 bilhões de litros –em um cenário pessimista, haveria uma queda de 1%. “O setor depende do consumo do diesel comum, que está diretamente ligado ao aquecimento da economia. Como as perspectivas para o semestre são melhores, pudemos revisar os números”, diz Erasmo Battistella, da Aprobio.
Após a aprovação de uma lei pelo governo federal em março, a adição do combustível renovável ao diesel convencional deverá subir dos atuais 7% para 8%, em 2017, e poderá chegar a 15% até 2020, com altas progressivas. “O segmento de combustíveis é um termômetro, e a previsibilidade para os próximos anos também é um incentivo para os produtores, que hoje trabalham com uma grande ociosidade, reflexo da baixa atividade econômica.”
Com essa nova fórmula, produção e consumo deverão subir 14% em volume no ano que vem, estima a Aprobio. Na Bio Óleo, de Mato Grosso, a taxa de ociosidade é de 75%, estima Rodrigo Prosdócimo, que preside a usina. Com esse percentual maior, as usinas do setor podem aumentar o faturamento em 15% no ano que vem, estima. “A tendência é que a gente passe a trabalhar com, no máximo, 30% de capacidade ociosa na empresa até 2020, quando o percentual da mistura no diesel comum deverá ter atingido ao menos 10%.”
Fonte: Folha de S . Paulo.