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Produção agropecuária do Estado de São Paulo cresce 20% em 2022

Valor chegou a R$ 156,22 bilhões, puxado por preços mais altos dos produtores

 

A produção agropecuária do Estado de São Paulo teve um valor estimado de R$ 156,22 bilhões em 2022, 20,06% superior ao obtido no ano anterior. Esse resultado foi apresentado nesta semana pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. Se considera a inflação (IPCA), o resultado representa um aumento real de 13,11%.

O cálculo é feito a partir da seleção de 50 produtos, definidos conforme sua peculiaridade e importância em relação ao Valor da Produção Agropecuária (VPA) total do Estado e classificados em grupos (produtos para indústria, produtos animais, grãos e fibras, frutas frescas e olerícolas).

Nove dos dez produtos de maior VPA em 2022 que apresentaram elevação expressiva tiveram esse resultado principalmente em função dos preços majorados de forma compensar, em alguns casos, a queda ocorrida na produção. A exceção foi o milho.

A participação da cana-de-açúcar cresceu de 32,6% para 36,2% do VPA paulista. O aumento da produção foi discreto, de 3%, mas os preços recebidos se elevaram 29,5%, resultando em um aumento no VPA de 33,4%. No mesmo período, as exportações do setor sucroalcooleiro registraram mais 28,6%.

O café beneficiado também se destacou no ano passado com elevação de 45,6%. O VPA do leite também registrou crescimento de 34,9%, pela expansão da produção (10,4%) e, sobretudo, pelos maiores preços recebidos (mais 22,2%), que apresentaram forte elevação a partir de maio de 2022.

Produtos principais

Entre os dez principais produtos em termos do valor da produção, somente os das carnes bovina e de frango apresentaram crescimento inferior a dois dígitos. O primeiro, de 2,8%, em função de pequena variação positiva, tanto de preços quanto de produção; e o de frango com crescimento de 6,1%, devido ao aumento de 17,98% nos preços, compensando a queda de 10% na produção.

Já o valor do milho cresceu 16,8%, basicamente em função do aumento de 21,4% na produção, visto que esse produto foi o único entre os dez primeiros que apresentou redução de preço (3,8%).

Os produtos que apresentaram as maiores elevações de VPA foram: triticale (149,0%), algodão (111,8%), mandioca para indústria (79,5%), trigo (72,2%), limão (63,3%), sorgo (53,4%) e cenoura (50,7%).

Fonte: Globo Rural

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