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Prefeitura de SP vai vacinar caminhoneiros e técnicos que entregam oxigênio em hospitais voltados para Covid-19

A Prefeitura de São Paulo afirmou nesta segunda-feira (22) que vai vacinar contra a Covid-19 caminhoneiros e técnicos que trabalham no transporte de cilindros de oxigênio para unidades de saúde que fazem atendimento exclusivo da doença na cidade.

A informação foi confirmada ao G1 pelo secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido. Segundo o secretário, a vacinação desse público começará nesta terça-feira (23).

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura para saber quantos profissionais devem ser vacinados e, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

A medida atende à demanda de empresas fornecedoras de oxigênio. No sábado (20), a White Martins enviou uma nota na qual pede prioridade para a vacinação desses profissionais.

“Vale destacar também que os profissionais das fornecedoras de oxigênio que trabalham na linha de frente, diretamente ligados ao processo de abastecimento do produto nos hospitais, circulam diariamente em ambientes com alto risco de infecção pelo coronavírus e, portanto, devem ser considerados com a mesma prioridade dos profissionais do serviço de saúde no que diz respeito ao processo de vacinação”, diz o texto.

Usina de oxigênio

Governo de SP mobiliza iniciativa privada para a produção e distribuição de oxigênio

O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (22) a instalação de uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto, no interior do estado, para abastecer as unidades de saúde.

A usina será montada pela empresa Ambev e deverá ficar pronta em até dez dias. No local, será feito o envase de 125 cilindros por dia.

Em coletiva no início da tarde, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, disse que a gestão estadual mobiliza a inciativa privada para ampliar a produção e distribuição de oxigênio no estado.

Ainda de acordo com a gestão estadual, fornecedores garantiram o abastecimento do produto em reunião com o governador João Doria (PSDB) na manhã desta segunda (22).

As negociações visam atender os hospitais da rede estadual, municipal, entidades filantrópicas e também da rede particular.

“Hoje a reunião foi muito importante, com as cinco principais empresas de fornecimento de oxigênio. O objetivo foi ouvir quais são os desafios que as empresas têm e garantir o fornecimento para todo o estado. Tivemos a excelente noticia da Ambev com essa usina que produzira 125 cilindros por dia”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

A secretária afirmou que o governo montou uma força-tarefa para conseguir doações ou empréstimos de cilindros.

Na sexta (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso de cilindros industriais para armazenar oxigênio hospitalar e evitar o desabastecimento do chamado kit intubação, usado no tratamento de pacientes graves da Covid-19.

“Nós temos o desafio dos cilindros porque com o avanço da pandemia passamos a ter leitos de UTI em UPAs. […] Então o pedido adicional é para todas as empresas que tenham cilindros, é muito importante que nos procurem. As universidades já estão fazendo levantamento de doações, junto com empresas de solda, mas toda ajuda é importante.”

No encontro com as empresas, o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que o estado registrou um aumento acima de 40% na demanda pelo produto.

“Temos hoje 29 mil pacientes internados, sendo que 12 mil estão nas unidades de terapia intensiva, estando os demais nas nossas enfermarias e pronto-atendimentos. Com isso, aumentamos em 45% a necessidade de oxigênio para essa população. Algo que, em quatro semanas, jamais imaginávamos.”

Pacientes transferidos

A mobilização estadual ocorre após a capital paulista registrar problema no fornecimento de oxigênio na madrugada do último sábado (20), em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste.

Levantamento feito pelo pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems/SP), divulgado no final de semana, aponta que ao menos 54 cidades do estado de São Paulo estão com o estoque de cilindros de oxigênio em estado crítico – ou seja, pode se esgotar em breve.

Fonte: G1

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