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Polícia apura relação entre quadrilhas após ataques em Campinas e Santos

 

Os ataques às empresas de transportes de valores Protege, em Campinas (SP), e Prosegur, em Santos (SP), podem estar relacionados, segundo a Polícia Civil. Delegados das duas cidades estão em contato para confrontar os resultados das perícias técnicas feitas nos locais dos dois crimes, ocorridos em 14 de março e 4 de abril, respectivamente.

A informação foi confirmada pelo Departamento de Comunicação Social da Polícia Civil ao G1 nesta quarta-feira (6). As autoridades apuram se a mesma quadrilha foi autora dos dois ataques, ou se há ao menos alguns integrantes do grupo de Campinas envolvidos no roubo em Santos.

O delegado José Roberto Daher, da 2ª Delegacia Seccional de Campinas, além de delegados da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade e também do 2º Distrito Policial, estão acompanhando as apurações feitas pela Polícia Civil de Santos.

Semelhanças

As ações dos criminosos tiveram muitas semelhanças nos dois casos, como a escolha do momento para o ataque – madrugada de uma segunda-feira – o bloqueio dos acessos à empresa com veículos incendiados e o uso de armas de uso restrito – como metralhadoras e fuzis de grosso calibre, como o .50 que derruba até helicóptero.

Roubos milionários

Os ladrões teriam roubado cerca de R$ 50 milhões na Protege em Campinas, após estourarem um dos cofres com explosivos. Parte do dinheiro armazenado na companhia de transporte de valores ficou espalhada pelo chão. Segundo as investigações, pelo menos 30 pessoas participaram do ataque.

Na Prosegur de Santos, o valor levado pela quadrilha não foi divulgado, mas a Polícia Militar conseguiu recuperar, horas após o roubo, R$ 8,9 milhões.

A quantia estava dentro de veículos abandonados na Rodovia Anchieta e, segundo a empresa, o valor corresponde a grande parte do que foi roubado pelos criminosos.

Dois policiais militares rodoviários e um morador de rua morreram e duas pessoas ficaram feridas em Santos. Em Campinas, um dos disparos atravessou a parede de um apartamento e quase atingiu uma criança que dormia no quarto. Assista às imagens desse ataque na reportagem que foi ao ar no Fantástico, no dia 20 de março, no vídeo abaixo.

Investigações avançadas

Em Campinas, a Polícia Civil informou que as investigações estão avançadas, mas não é possível divulgar ainda os detalhes para não comprometer o trabalho dos policiais.

Três suspeitos de terem participado do ataque à Protege já foram presos. Com eles foram encontradas munições de fuzis e R$ 39 mil em dinheiro.

A Protege já havia sido assaltada em março de 2015, e a polícia também investiga se há relação entre os dois ataques. Moradores do bairro São Bernardo querem que a empresa mude de endereço.

Na ocasião do ataque em Santos, apesar da Polícia Militar ter chegado ao local poucos minutos após ser acionada, todos os criminosos conseguiram fugir. Dezenas de câmeras de monitoramento espalhadas pela cidade registraram a ação do grupo e as imagens estão em análise. Os investigadores acreditam que elas possam levar a alguns dos suspeitos. Um dos carros usados pelos criminosos foi abandonado.

Fonte: G1 Campinas.

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