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PIB do Brasil cresce 0,2% no 1º trimestre de 2014.

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O Produto Interno Bruto (PIB) teve expansão de 0,2% no primeiro trimestre deste ano, sobre o quarto trimestre de 2013, e somou R$ 1,204 trilhão, de acordo com o resultado das Contas Nacionais divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No quarto trimestre de 2013, o PIB cresceu 0,4%, dado revisado de uma alta de 0,7%.

A variação do intervalo janeiro-março ficou igual à estimativa média de 0,2% apurada pelo Valor Data junto a 20 consultorias e instituições financeiras. As projeções para o período oscilaram de queda de 0,1% a alta de 0,6%.

A expansão do PIB do primeiro trimestre veio abaixo da variação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, e que mostrou crescimento de 0,3% sobre o período entre outubro e dezembro de 2013.

Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, houve alta de 1,9%. A média das estimativas do Valor Data apontava aumento de 1,6%, com intervalo entre 1,3% e 2%.

 

 

 

 

 

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O PIB da indústria teve retração de 0,8% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre de 2013, feito o ajuste sazonal. O resultado veio abaixo da média apurada pelo Valor Data, que apontava queda de 0,3%. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o PIB industrial aumentou 2,8%.

No PIB, a indústria engloba, além do setor manufatureiro e extrativo, a construção civil e a produção e distribuição de energia e gás.

Os dados já incorporam a reformulação da pesquisa de produção industrial do IBGE, algo que, segundo alguns analistas, foi relevante para reduzir as expectativas para a economia no período. A mudança de metodologia, que incluiu novos produtos, recalculou os pesos setoriais dentro da produção total e elevou o número de empresas que fornecem informações, adicionou mais de um ponto percentual à alta da produção no ano passado, que passou de 1,2% para 2,3%. No entanto, ao elevar a base de comparação do ano passado, a reformulação teve efeito negativo sobre o indicador de atividade do setor manufatureiro no primeiro trimestre. A produção industrial passou de um avanço de 0,6% na pesquisa “velha” para retração de 0,5% de acordo com a nova série.

Além desse fator estatístico, um dos principais ramos da indústria, o automobilístico, enfrenta que da de vendas e de produção, e há, ainda, um cenário de aumento de estoques diversos fabricantes.

Serviços

Entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano, o setor de serviços, que engloba comércio, intermediação financeira e serviços públicos, entre outros, cresceu 0,4%, feito o ajuste sazonal.

A média das estimativas apurada pelo Valor Data era de alta de 0,3% para esse ramo de atividade, em média.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB do setor de serviços subiu 5,2%.

Agropecuária

O setor agropecuário, por sua vez, teve expansão de 3,6% no primeiro trimestre de 2014, sobre o último de 2013, e foi o destaque do PIB no lado da oferta. A alta veio em acima da média de 2,3% esperada pelos analistas.

No período entre outubro e dezembro de 2013, o PIB agropecuário caiu 0,5%.

Ante o primeiro trimestre do ano passado, o PIB agro cresceu 2,8%.

Demanda

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias caiu 0,1% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao período imediatamente anterior, feitos os ajustes sazonais.

O resultado ficou abaixo das previsões coletadas pelo Valor Data, que na média indicavam avanço de 0,4% para esse componente do PIB. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o consumo das famílias subiu 2,2%.

O consumo do governo, por sua vez, subiu 0,7% no período entre janeiro e março, em relação aos três meses imediatamente anteriores, feitos os ajustes sazonais, desempenho acima do previsto pela média das projeções do Valor Data, que indicava alta de 0,4% para a demanda do setor público nesta comparação. Em relação a igual período do ano passado, o aumento nos gastos da administração publica foi de 3,4%.

No quarto trimestre do ano passado, o consumo do governo aumentou 0,9%, valor que também foi revisado para cima, já que a alta anteriormente informada era de 0,8% no período.

A formação bruta de capital fixo (FBCF – que representa o investimento em máquinas e equipamentos e na construção civil) teve retração de 2,1% entre janeiro e março, sobre outubro a dezembro de 2013.

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Setor externo

 

As exportações registraram desempenho negativo no primeiro trimestre de 2014. Entre janeiro e março, as vendas do Brasil ao exterior caíram 3,3% em relação ao quarto trimestre, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou abaixo da média das projeções coletadas pelo Valor Data, que apontava queda de 3,2%.

Em relação ao primeiro trimestre de 2013, houve avanço de 2,8% das exportações.

No quarto trimestre do ano passado, as exportações cresceram 3,6% sobre o terceiro trimestre após revisão dos dados.

Já as importações ganharam força no primeiro trimestre, ao crescerem 1,4% ante o quarto trimestre de 2013, quando tiveram queda de 0,4% após revisão dos dados.

O resultado do primeiro trimestre ficou abaixo da média das projeções coletadas pelo Valor Data, que apontava aumento de 1,5%.

Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve expansão de 1,4% nas compras de bens do exterior.
Fonte: Valor Econômico.
 

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