Sondagem com 40 empresas associadas aponta que 15% dos entrevistados estão insatisfeitos quanto ao grau de inovação e precisam investir muito mais na área. Entenda os caminhos para mudar o panorama
A busca por inovação mobiliza a maior parcela das indústrias da região de Campinas (SP). Uma pesquisa da regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) mostra que 92% do setor planeja avançar no assunto, uma vez que apenas 8% se considera plenamente satisfeito.
De acordo com os dados apresentados nesta terça-feira (24), 77% dos entrevistados disseram que tem um grau de satisfação mediano quanto ao grau de inovação, mas reconhecem que precisam avançar mais.
Já 15% dos participantes se consideram insatisfeitos quando ao nível de inovação de suas empresas, e precisam avançar muito mais.
Em agosto, uma pesquisa inédita junto aos associados apontou que 79% das indústrias da região veem importância no uso da Inteligência Artificial (IA) em seus processos.
Mas, afinal, como avançar? 📱 💻
O diretor do Ciesp Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, afirmou que, a partir de 2024, vai existir demanda de mão-de-obra na região, como a implantação do Trem Intercidades (TIC), que ligará Campinas a São Paulo, com parada em Jundiaí. O novo edital da estrutura prevê valor estimado em 13,5 bilhões e início de operação entre 2029 e 2031.
Por isso, segundo ele, as empresas devem investir em contratações qualificadas e precisam imediatamente modernizar as operações, como por exemplo, indústrias que ainda estão no analógico devem migrar imediatamente para o digital.
“As empresas que ainda não sabem como se modernizar e agir com inovação, uma possibilidade são as escolas que temos no estado todo. Temos o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que promove capacitações, se houver demanda, ele pode até ir com uma carreta ao empresário para oferecer a capacitação”, afirmou.
E a formação? 📚
Outro resultado da sondagem atual do Ciesp com 40 empresas associadas diz respeito ao nível de formação dos profissionais. Pelo menos 85% das companhias admitem que faltam profissionais com ensino técnico ou superior, sendo que 39% estão buscando no mercado e 46% não está procurando no momento, apesar de reconhecer a necessidade.
