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Para governo, transportes precisam de R$ 145 bilhões até 2035

 

Depois de três anos em elaboração, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), ligada ao Ministério dos Transportes, concluiu a primeira fase do Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI). O documento aponta a necessidade de investimentos de R$ 145 bilhões no setor até 2035, em 47 projetos de ferrovias e rodovias. Entretanto, há investimentos do plano que não fazem parte da segunda fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL 2), lançada em junho. Segundo fonte ligada ao setor, as prioridades dos investimentos do PIL 2 levaram em conta aspectos políticos e demandas dos empreendedores, o que não é considerado no plano e transportes. A EPL incluiu, por exemplo, na lista de projetos a conexão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) até a Norte-Sul, que ficou fora do PIL 2.

Entre as ferrovias apontadas como necessárias no horizonte de 20 anos pela EPL está a Bioceânica, que liga Campos dos Goytacazes (RJ) ao Peru, cortando a ferrovia Norte-Sul pelo caminho. O governo, porém, deixou esse prolongamento entre a Norte-Sul e o Rio de fora do acordo feito com os chineses para estudar a ferrovia. O PIL 2 prevê a contratação de investimentos de R$ 121,2 bilhões em novas rodovias e ferrovias até 2018.

Já o documento preparado pela EPL indica demanda para a expansão da malha de transportes terrestres em 23,6 mil quilômetros, nos próximos 20 anos, apenas para dar conta da movimentação de cargas. Os maiores investimentos precisarão ser feitos no modo ferroviário, com aproximadamente 60% do total dos recursos, distribuídos por 15 obras.

Os outros 40% são em estradas, no total de 32 obras. Os investimentos previstos se referem apenas a esses dois modais, mas o PNLI também traz avaliações sobre hidrovias, portos e aeroportos, sem indicar, ainda, as necessidades de expansão. Nas próximas fases do plano serão incorporadas projeções de movimentação de passageiros, segundo a EPL.

Fonte: O Globo
 

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