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Número de acidentes cai, mas mortes crescem 77% nas estradas da região.

 

O número de acidentes em cinco estradas da região caiu 9% de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo as concessionárias que administram os trechos. Apesar disso, a gravidade foi maior e causou um aumento de 77% no número de mortes.  A falta do uso do cinto de segurança e o uso de celular por motoristas são fatores que preocupam a Polícia Rodoviária.

Nos nove primeiros meses do ano foram registrados 1.804 acidentes nas rodovias da região. No ano passado, no mesmo período foram 1.980. Apesar disso, a morte por batidas e capotagens passaram de 27 para 48.

Nesta segunda, na Rodovia Washington Luís (SP-310), um motorista que seguia sentido interior perdeu o controle da direção quando tentou evitar uma batida. O veiculo capotou e invadiu a pista contraria. Uma idosa de 65 anos, que estava no banco de trás, foi arremessada e morreu. Ela estava sem o cinto de segurança.

O comandante da Polícia Rodoviária de Araraquara, capitão César Alexandre Cardeal, afirma que esses casos são comuns. “Nós temos verificado uma incidência muito grande da falta do cinto. Nós processamos mais de 10 mil multas com relação a não utilização do cinto. Isso é uma preocupação que nós temos”, afirmou.

Acidentes na região

Entre as rodovias sob concessão que cortam a região a com maior número de acidentes com mortes foi a Rodovia Thales Lorena de Peixoto Junior (SP-318), que liga Ribeirão Preto a São Carlos. No ano passado não aconteceu nenhum, mas este ano até agora já são 5.

A Rodovia Antônio Machado Sant’anna (SP-255), que liga Araraquara a Ribeirão, passou de duas mortes para sete.

Na Rodovia Anhanguera (SP-330), no trecho entre Santa Rita do Passa Quatro e Ribeirão Preto,  subiu de 3, no ano passado, para cinco agora.

Na Rodovia Professor Boanerges Nogueira de Lima (SP-340), entre Aguaí e Mococa, foi de 3 para 6 mortes. Na Rodovia Washington Luis, entre Cordeirópolis e Matão foram 25 vitimas fatais contra 19 no mesmo período de 2013.

Motivos

Os motoristas que costumam viajar pelas estradas explicam os motivos dos números. “As pessoas às vezes abusam muito. Ultrapassagem perigosa”, afirmou o corretor Alfredo Bregadioli.

Também é fácil flagrar motoristas dirigindo e mexendo no celular ao mesmo tempo. “O celular virou rotina. Eu procuro nem por a mão. Mexeu no celular perde a atenção”, afirmou o diretor comercial Antonio Carlos Carvalho.
Willian Castro, gerente de operações de uma concessionária, confirma que a tecnologia causa influência nas estatísticas. “A 110 km/h você trafega aproximadamente 60 metros em um segundo. Então em dois segundos que você se distrair para responder uma mensagem, você percorreu uma distância de um campo de futebol em dois segundos”, explicou.

Fonte: G1 São Carlos e Araraquara.

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