Campinas (SP) registrou 553,1 mil multas de trânsito durante o ano passado, de acordo com estatísticas da Emdec. O total representa queda de 8,4% no comparativo com as 604,4 mil penalidades aplicadas em 2014. Além disso, é a primeira redução contabilizada desde 2010.
Entre as infrações que diminuíram neste período estão: avanço de sinal vermelho, excesso de velocidade, estacionamento irregular e deixar de usar cinto de segurança. Juntas, elas resultaram em 460,3 mil multas no ano passado, baixa de 19,1% em relação às 569 mil de 2014.
O município registrou queda no número de multas em 2012, mas, à época os radares ficaram inoperantes durante tês meses. Com isso, não é possível afirmar que houve, de fato, redução.
“Isso [redução de multas em 2015] é devido a um comportamento mais apropriado da população e, em parte, houve também redução dos veículos em circulação”, avaliou o secretário municipal de Transportes, Carlos José Barreiro, à EPTV, afiliada da TV Globo.
Riscos
Por outro lado, a Emdec alertou sobre a alta de penalidades para condutores flagrados enquanto usavam celular. Ao todo, foram 25,1 mil multas, acréscimo de 56,3% sobre as 16 mil de 2014.
O maior volume de multas foi aplicado na Avenida John Boyd Dunlop com 55.888 multas. O segundo maior foi na Avenida José Amgarten, única ligação entre o trevo das rodovias Santos Dumont (SP-75) e Miguel Melhado Campos (SP-324) ao Aeroporto de Viracopos. Os radares foram instalados nesta via em maio do ano passado e aproximadamente 30 mil condutores foram penalizados porque excederam o limite de 70 km/h, informou a Emdec.
No ano passado, R$ 62,6 milhões foram arrecadados pelo Executivo com as aplicações de multas. A empresa municipal garante que os recursos são destinados para melhorias no trânsito e alega que a meta é reduzir o montante. “Queremos que as multas sejam orientadoras para a população mudar de comportamento, preservando a vida do cidadão”, destacou Barreiro.
A professora Sirlene Gonçalves vê benefícios na medida. “Se aplicada no local certo e momento certo, [a multa] deve ser realmente aplicada, porque tem gente que só entende esse linguajar.”
Fonte: G1 Campinas.