Dados são referentes a 2022 e foram divulgados pela Emdec nesta quinta-feira (27). Ainda segundo o levantamento, cidade registrou um acidente fatal a cada cinco dias envolvendo motociclistas no ano passado
Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (27) pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) mostra que, embora as motos sejam apenas 16% da frota de veículos na cidade, os motociclistas representam quase metade das mortes no trânsito.
Os dados são referentes a 2022. Do total de vidas perdidas, 47% eram de pessoas desse grupo. O balanço indica ainda que, ao longo do ano, um motociclista morreu a cada cinco dias nas vias de Campinas. A coordenadora do departamento de educação da Emdec comentou os dados alarmantes.
“A gente acredita que o uso maior da motocicleta e, também, mais atitudes de imprudência podem ter levado a esse aumento no número de mortos. O motociclista está muito vulnerável no trânsito. Ele tem uma velocidade, mas ele não tem a proteção do próprio corpo. Então ele, realmente, tem que estar mais atento ao trânsito”, disse Mariangela Marini.
Esse cenário fica ainda mais evidente quando analisada a causa da morte. Na maioria dos casos, os acidentes fatais envolviam excesso de velocidade ou consumo de álcool. Além disso, 9 em cada 10 vítimas eram homens, sendo que 45% tinham idades entre 18 e 27 anos. Do total de ocorrências, 44% ocorreram em rodovias e 9% em vias urbanas.
Veja os pontos com mais mortes:
Mortes de motociclistas por rodovia de Campinas
| RODOVIA | MORTES |
| Anhanguera (SP-330) | 9 |
| Francisco Aguirre Proença (SP-101) | 7 |
| Bandeirantes (SP-348) | 6 |
| Santos Dumont (SP-075) | 5 |
| Miguel Melhado Campos (SP-324) | 2 |
| Dom Pedro (SP-65) | 2 |
Ainda de acordo com a Emdec, a frota de motocicletas cresceu 27% em relação a 2013 e 5% em comparação a 2021, o que reforça a necessidade de dirigir em segurança e estar sempre atento. “Bom lembrar que existe a regra no Código de Trânsito Brasileiro, que o maior sempre tem que proteger o menor. Juntos devem proteger o pedestre”, destaca.
“É uma corresponabilidade dos motoristas, dos motoristas de veiculos maiores também, proteger o motociclista, além dele proteger ele mesmo. Ele também deve proteger o ciclista e o pedestre”.
Fonte: g1
