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Mercado prevê juros e inflação menores em 2016, mas recessão se aprofunda

 

 

A perspectiva de economistas para a taxa básica de juros neste ano voltou a ser reduzida em meio à contínua diminuição nas perspectivas para a inflação em 2016 e 2017, enquanto o cenário econômico segue piorando.

Fechada antes da votação que aprovou a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, a pesquisa semanal Focus do Banco Central mostrou nesta segunda-feira que a perspectiva para a Selic no final de 2016 agora é de 13,38% ao ano na mediana da projeção, mesma conta vista no Top 5, grupo que mais acerta as projeções. O levantamento anterior apontava que a Selic terminaria o ano a 13,75%.

Para o final de 2017, permanece a expectativa de que a Selic ficará em 12,25%, a mesmo do Top 5 de médio prazo. Hoje, a taxa está em 14,25% ao ano e não deve ser alterada na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, na próxima semana.

As perspectivas para a inflação neste ano e no próximo voltaram a cair no Focus. A projeção para a alta do IPCA em 2016 recuou pela sexta semana seguida, em 0,06 ponto porcentual, a 7,08%.

Apesar da contínua trajetória de queda, a perspectiva ainda permanece bem acima do teto da meta do governo para 2016, de 4,5% com tolerância de 2 pontos porcentuais.

Já para 2017 a mediana aponta para inflação de 5,93%, contra 5,95% previstos no levantamento anterior, afastando-se assim ainda mais do teto da meta do governo para o ano que vem, também de 4,5%, porém com tolerância de 1,5 ponto.

O cenário de inflação recuando vem junto com a queda nas estimativas para o câmbio. Segundo o Focus, a expectativa é que o dólar encerre esse ano a R$ 3,80, abaixo dos R$ 4 projetados até então. Para 2017, a conta também caiu, a R$ 4, contra R$ 4,10 do levantamento anterior.

As contas para a economia, por sua vez, mantiveram a trajetória de queda, com a expectativa de contração do Produto Interno Bruto (PIB) este ano indo a 3,80%, sobre queda de 3,77% antes. Para 2017 é esperado crescimento de 0,20%, sobre 0,30% no levantamento anterior.

Fonte: O Estado de São Paulo.

 

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