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Investimento em rodovias pode chegar a R$ 30 bi em 2023

Setor prevê aporte recorde em estradas federais este ano, mas gargalos ainda preocupam

 

Os investimentos nas rodovias federais em 2023 têm a perspectiva de alcançar R$ 30 bilhões, considerando tanto os recursos provenientes do Governo Federal para obras públicas quanto os valores aplicados nas estradas concedidas à iniciativa privada. Após um período de estagnação causado pela desaceleração econômica e pelos efeitos da pandemia de covid-19, o setor está enfrentando o desafio de lidar com a falta de profissionais qualificados e a escassez de insumos, o que pode criar gargalos no processo.

A maior parte dos investimentos, cerca de R$ 20 bilhões, será proveniente do orçamento do Ministério dos Transportes. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) será responsável por contratar empreiteiras para realizar a recuperação e conservação da malha rodoviária sob sua administração.

Além disso, há a previsão de aproximadamente R$ 11 bilhões provenientes de grandes grupos de concessionárias, a serem investidos este ano, de acordo com estimativas da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). Esse montante, que inclui as rodovias ligadas à entidade, supera o recorde histórico de R$ 10,7 bilhões alcançado há dez anos.

A ABCR destaca que o país tem a oportunidade de atingir o “auge do investimento privado” em rodovias nos últimos dez anos, juntamente com um novo “paradigma orçamentário” no Ministério dos Transportes que há muito tempo não era visto. No entanto, ele reconhece que o cenário exige cautela e que pode ser necessário avaliar a capacidade real de entrega por parte do poder público e do setor privado.

As concessionárias associadas à ABCR relatam dificuldades na contratação de projetistas e consultorias especializadas. Barcelos defende a identificação de possíveis gargalos e a implementação de “medidas de apoio e estímulo” para superá-los.

Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), afirma que desde o ano passado a entidade tem alertado as autoridades sobre como o aumento dos preços dos insumos afeta o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão. O setor tem enfrentado custos mais altos em produtos asfálticos e também tem observado aumentos nos valores de itens básicos da construção civil, como aço, cimento e areia.

Fonte: Jornal Opção/ Foto: MInfra

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