O crescimento na produção industrial nacional na passagem de maio para junho de 2016, série com ajuste sazonal, foi acompanhado por nove dos 14 locais pesquisados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os avanços mais intensos ocorreram no Rio de Janeiro (5,7%), Santa Catarina (5,4%), Pará (4,9%), Rio Grande do Sul (4,6%) e Paraná (3,5%). Ceará (2,0%), São Paulo (1,5%), Goiás (1,4%) e Pernambuco (1,2%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em junho de 2016.
Espírito Santo (-9,8%) apontou o resultado negativo mais acentuado nesse mês e eliminou o crescimento de 5,6% verificado no mês anterior. As demais taxas negativas foram assinaladas por Bahia (-1,0%), região Nordeste (-0,3%) e Amazonas (-0,3%), enquanto Minas Gerais (0,0%) repetiu o patamar registrado em maio.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou expansão de 0,6% no trimestre encerrado em junho de 2016 frente ao nível do mês anterior, após crescer 0,8% em maio quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014.
Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, dez locais mostraram taxas positivas. Os avanços mais acentuados ocorreram em Pernambuco (3,0%), Rio de Janeiro (2,5%), Rio Grande do Sul (1,9%), Santa Catarina (1,2%), Pará (1,0%) e São Paulo (0,8%). Espírito Santo (-2,1%) e Bahia (-1,4%) registraram os principais.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 6,0% em junho de 2016, com 11 dos 15 locais pesquisados apontando resultados negativos. Junho de 2016 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21).
Nesse mês, o recuo mais intenso foi registrado por Espírito Santo (-27,9%), pressionado pela queda na produção das indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados). Amazonas (-8,5%), Pernambuco (-7,5%), Bahia (-6,7%) e Paraná (-6,2%) também apontaram resultados negativos mais acentuados do que a média nacional (-6,0%). Minas Gerais (-5,7%), Goiás (-4,5%), Ceará (-3,1%), São Paulo (-3,1%), região Nordeste (-2,9%) e Rio de Janeiro (-2,8%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas nesse mês.
Pará (14,7%) e Mato Grosso (12,2%) assinalaram os avanços mais elevados em junho de 2016, impulsionados pelo comportamento positivo vindo de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no primeiro local, e de produtos alimentícios (rações, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, óleo de soja em bruto, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e carnes e miudezas de aves congeladas), no segundo. Rio Grande do Sul (3,3%) e Santa Catarina (0,6%) também cresceram.
No indicador acumulado entre janeiro e junho de 2016, frente a igual período de 2015, a redução na produção alcançou 12 dos 15 locais pesquisados. Três locais recuaram acima da média nacional (-9,1%): Espírito Santo (-22,6%), Pernambuco (-17,6%) e Amazonas (-16,8%). Minas Gerais (-8,7%), São Paulo (-8,6%), Rio de Janeiro (-8,3%), Paraná (-8,2%), Goiás (-7,0%), Santa Catarina (-6,1%), Ceará (-5,4%), Rio Grande do Sul (-4,4%) e região Nordeste (-3,0%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos. Bahia (0,0%) ficou estável frente a igual período do ano anterior.
Nesses locais, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à diminuição na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias); bens intermediários (autopeças, produtos de minerais não-metálicos, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas); bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis); e bens de consumo semi e não-duráveis (calçados, produtos têxteis, vestuário e bebidas).
Mato Grosso (11,9%) e Pará (10,3%) assinalaram os avanços no índice acumulado no ano, impulsionados pelo comportamento positivo vindo de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, rações, óleos de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja), no primeiro local; e de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no segundo.
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com a queda de 9,8% em junho de 2016 para o total da indústria, acelerou o ritmo de perda frente ao registrado em maio (-9,5%) e assinalou a perda mais intensa desde outubro de 2009 (-10,3%).
Em termos regionais, 13 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em junho de 2016 e nove apontaram menor dinamismo frente ao índice de maio último. As principais reduções de ritmo entre maio e junho foram registradas por Espírito Santo (de -11,2% para -14,4%), Paraná (de -9,0% para -10,1%) e Bahia (de -2,0% para -2,8%). Pará (de 4,6% para 5,6%) e Rio Grande do Sul (de -10,1% para -9,2%) mostraram os maiores avanços entre os dois períodos.
Fonte: Agência IN.