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Indústria registra 3º pior trimestre em 14 anos e fecha 850 vagas na região

 

As indústrias na região de Campinas (SP) fecharam 850 postos de trabalho de janeiro a março, segundo estatísticas do Centro das Indústrias do estado de São Paulo (Ciesp).

O resultado divulgado na terça-feira (26) indica que este foi o terceiro pior resultado dos últimos 14 anos, considerando-se apenas os três primeiros meses do ano. A série começou a ser publicada em 2003.

Em relação ao mês de março, as companhias da região perderam 650 vagas – resultado igual ao de 2014 e segundo mais negativo na avaliação histórica do Ciesp. Em janeiro, a instituição somou abertura de 700 postos; enquanto que em fevereiro foram eliminados 900.

De acordo com a regional, nos últimos 12 meses foram fechadas 13,4 mil oportunidades.

Influências

O Ciesp avaliou que o resultado negativo foi influenciado por quedas nas áreas de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,3%); veículos automotores e autopeças (-0,75%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-0,32%), além de celulose, papel e produtos do papel (-0,11%). A área de produtos de madeira também registrou retração (-4,48%).

A instituição atende cerca de 560 empresas em Águas de Lindóia, Amparo, Artur Nogueira, Campinas, Conchal, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia, Itapira, Jaguariúna, Lindóia, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Paulínia, Pedreira, Santo Antônio de Posse, Serra Negra, Sumaré e Valinhos.

Produtividade e inadimplência

O índice de produtividade das companhias em março melhorou em relação ao mesmo mês de 2015, de acordo com o levantamento, mas diminuiu no comparativo com os dois primeiros meses deste ano. Ao todo, 46,9% das empresas avaliadas registraram queda de rendimento; 28,1% alegaram não ter contabilizado alterações; e outras 25% tiveram alta nas produções.

No quesito inadimplência, a avaliação foi idêntica durante os comparativos. No mês passado, 56,3% das empresas informaram ter registrado aumento da dívida; 37,5% mencionaram manutenção do índice; enquanto outras 6,3% alegaram redução em março, informou o Ciesp.

Investimentos e capacidade ociosa

De acordo com o centro, o número de empresas que declararam não planejar investimentos nos próximos 12 meses aumentou. Por outro lado, houve redução no índice de companhias que operam abaixo de 50% da capacidade, e alta de instituições que trabalham com mais de 80%.

“Uma interpretação possível dos dados é que as empresas podem estar caminhando para uma maior ocupação da capacidade ociosa não necessitando, portanto, nesse momento, aumentar os investimentos. Se tal análise for válida, teremos a curto prazo um aumento da utilização da capacidade ociosa e somente a longo prazo um aumento dos investimentos. Entretanto, vale destacar, os sinais de tal recuperação ainda são bastante frágeis”, informa nota do Ciesp.

Fonte: G1.

 

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