O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) avançou 2%, em junho, para 96,1 pontos. Foi a quinta alta seguida do índice calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Enquanto a projeção para o futuro melhorou, o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mede a situação atual da atividade, recuou 0,1% no mês passado, para 98,1 pontos. “A combinação dos dois indicadores mostra que uma retomada deve acontecer, mas não agora”, disse Paulo Piccheti, pesquisador do Ibre. Segundo ele, os resultados apontam que a recuperação econômica deve começar em três a seis meses. Isto é, no próximo trimestre.

Essa mudança de trajetória se baseia na melhora dos índices de expectativas da indústria, de serviços e do consumidor. O avanço da Bovespa e a perspectiva de taxas de juros mais baixas também motivaram o crescimento do indicador.

Entretanto, a queda do ICCE mostra que o incremento econômico “não acontece no presente”, ponderou o entrevistado. Ainda assim, a estabilização deste indicador nos últimos meses, “revela um arrefecimento da retração da atividade”, acrescentou.

Em maio, o ICCE subiu 0,3%, para 98,2 pontos, depois de diminuir 0,1% em abril e marcar 97,9 pontos. Antes da alta de junho, o Iace já havia crescido em abril (0,9%, para 91,6 pontos) e maio (2,8%, para 94,2 pontos).

Fonte: DCI.