Sem consenso para a prorrogação do acordo automotivo entre Brasil e Argentina após uma reunião entre os dois países em Brasília nesta segunda-feira, 25, os governos decidiram convidar o setor privado para participar das discussões.

Nesta segunda-feira, 25, após uma reunião entre os dois países, em Brasília, os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Armando Monteiro, e o da Produção da Argentina, Francisco Cabrera, afirmaram que o entendimento ainda está em discussão e não há consenso sobre o tema.

As montadoras serão convidadas já para a próxima reunião, ainda sem data. O Ministro da Produção da Argentina, Francisco Cabrera, avaliou a necessidade do convite ao setor, tendo em vista que a indústria tem muito a acrescentar. “Formalizamos um comitê automotivo para uma agenda de convergência e para criar uma competitiva plataforma no setor”, afirmou.

O acordo automotivo entre o Brasil e a Argentina, que termina em junho, continua sem uma definição para o futuro. Mas com um desenho de acordo de livre comércio entre o Brasil e o México em 2019 e entre a Argentina e o México na mesma data, Armando Monteiro, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, defendeu termos semelhantes entre o Brasil e a Argentina.

O Brasil tem defendido o livre comércio no setor, o que significa a venda de veículos entre os países sem Imposto de Importação e sem cotas.

O acordo em vigor prevê que para cada US$ 1,5 milhão em veículos e peças vendidos para a Argentina, o Brasil tem de comprar US$ 1 milhão do país vizinho, também sem o tributo. Acima desses valores, têm alíquota de 35%.

O representante de Maurício Macri preferiu não detalhar a proposta apresentada ao governo brasileiro, enquanto Monteiro decidiu não criticar a proposta vigente. “Temos, no curto prazo, que definir a renovação do acordo existente”, afirmou.

Com informações do Estado de S. Paulo.

Fonte: Frota & Cia.