
O ministro da Fazenda Guido Mantega, nesta terça-feira (4/11), autorizou a Petrobras a praticar reajuste do preço dos combustíveis. A presidente da estatal, Maria das Graças Foster, fez uma apresentação aos conselheiros, em reunião em Brasília (DF), em que mostrava projeções com 8% de reajuste, porém o esperado é que o percentual seja 5%.
Ao sair da reunião do Conselho de Administração da empresa, Foster limitou-se a dizer que reajustes não são anunciados na portaria da estatal. “Aumento da gasolina não se anuncia, pratica-se”, comentou.
Quando concedido, será o primeiro reajuste autorizado desde 29 de novembro de 2013.
Pelo estatuto da Petrobras, a decisão pelo aumento dos combustíveis é da diretoria executiva da empresa, mas na prática, o aumento é negociado junto ao Governo, uma vez que a concessão do aumento traz impactos inflacionários e depois a proposta é apresentada aos conselheiros.
Nos últimos quatro anos, as perdas para a Petrobras com a política de não reajuste imediato dos combustíveis é calculada em R$ 60 bilhões.
Neste ano, os combustíveis permaneceram a maior parte do tempo com preço abaixo da cotação internacional, chegando, em alguns casos, a uma defasagem de 20%.
Com a queda no preço mundial do petróleo, da faixa de US$ 100 para US$ 85 o barril, no último mês, a perda diária da Petrobras praticamente deixou de existir.
Até a semana passada, último dado disponível, a gasolina estava 1% mais cara no Brasil do que no exterior. Já o diesel tinha defasagem de 4,5%. Apesar da menor defasagem, analistas dizem que o reajuste é necessário para recompor parcialmente as perdas de caixa dos últimos anos.
Fonte: Transporta Brasil.