Notícias

Estado do Rio de Janeiro registra 246 casos de roubos de cargas em 11 dias

Após o início das operações das Forças Armadas no Rio de Janeiro, o estado registrou, ao longo de 11 dias, um aumento na quantidade de roubos de cargas. O levantamento, realizado pela Polícia Civil, mostra que do dia 28 de julho até a última terça-feira, 08, houve um total de 246 casos. A estatística corresponde a uma média de 22 ocorrências a cada 24 horas. No ano passado, no mesmo período, foram contabilizados um total de 195.

Desde o início das operações federais, o diretor de segurança do Sindicato do Transporte de Cargas, coronel Venâncio Moura, vem questionando a fórmula usada no combate ao crime no estado. Segundo ele, que foi comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a Polícia Militar poderia conter a onda de violência sem precisar de ajuda.

“Basta um planejamento sério. A PM tem condições de cuidar do assunto. Na atual situação, defendo que os 9 mil homens lotados nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) sejam deslocados para ações de patrulhamento, atuando no asfalto”, opina.

Segundo os números do Sindicato do Transporte de Cargas, o Rio de Janeiro tinha, até 2013, uma média de 3.500 roubos de cargas por ano. A partir de 2014, a estatística subiu para dez mil casos anuais.

Os assaltos deixaram um prejuízo de R$ 619 milhões em 2016, de acordo com um estudo feito pelo Sistema Firjan. A pesquisa também mostra que houve um aumento de 220,9% no número de casos desde 2011, e as perdas no período chegaram a R$ 2,1 bilhões.

De janeiro a dezembro de 2016, o estado teve 9.862 roubos de cargas, registrando o terceiro ano consecutivo de aumento desse tipo de crime. De acordo com o estudo “O impacto econômico do roubo de cargas no Estado do Rio de Janeiro”, 12 das 139 delegacias da Polícia Civil fluminense concentraram mais da metade das ocorrências.

Para o coronel Venâncio Moura, o aumento tem uma explicação. “Desde que os traficantes de drogas migraram para os roubos de cargas os números só aumentam. A média anual sempre foi de aproximadamente 3 mil roubos. Agora, fica em torno de dez mil”, afirmou o oficial reformado, acrescentando que os assaltantes têm um arsenal de dar inveja a exércitos de países em situação de guerra.

Fonte: O Globo.

Compartilhe: