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Especialista aponta baixa elucidação e falha em escala.

Foto: José Vicente da Silva Filho

Para o ex-secretário nacional de segurança pública e especialista na área, José Vicente da Silva Filho, a redução do índice de roubos na região, que é de uma ocorrência a cada 21 minutos, na média, reflete a baixa elucidação dos crimes e esbarra, além no deficit de efetivo, problemas organizacionais, na baixa elucidação e até em um sistema de escalonamento ineficiente.

Segundo ele deve-se identificar a variedade de roubos, cometidos em diferentes locais, com procedimentos criminosos específicos, montar plano de trabalho contra o delito e procurar bandidos que agem organizadamente.

“A polícia faz um trabalho mais conformado de que é assim mesmo (roubos acontecem) e deixa de fazer investigações relevantes”, disse. Filho afirmou que o índice de elucidação de roubos é de 2% no Estado. Para ele, falta organização e gestão na polícia, e o sistema de escalonamento adotado é ineficiente. “A escala atual consome muito o efetivo”, analisou.

Especialista em segurança pública e professor da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica) José Henrique Specie avalia que a ocorrência de um de roubo a cada 21 minutos na região, na média, é um índice preocupante. Ele sugere a integração das polícias para o combate aos casos.

“As formas tradicionais já não surtem efeito”, pontuou. Segundo o delegado seccional de Americana, José Roberto Daher Daher, há integração, mas o ideal seria “integração com efetivo”.

Specie apontou para falta de aumento do número de policiais, necessidade de qualificação e melhoria na estrutura da polícia.

OUTRO LADO

Respondendo à análise de especialistas, o delegado Luis Francisco Segantin, assistente do Deinter-2 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), informou que os policiais civis trabalham em horário de expediente, de segunda a sexta-feira e nas centrais de flagrantes durante o período noturno e nos finais de semana. Nas cidades onde não existem as centrais de flagrante, os policiais civis, além de trabalharem em horário de expediente, concorrem a escalas de plantão nas noites, finais de semana e feriados (inclusive em cidades vizinhas), sem prejuízo do horário normal de trabalho e aos horários dedicados às investigações, diz o delegado. O delegado Luiz Henrique Zago, do Deinter-9, acrescentou serem frequentes reuniões com as demais instituições de segurança pública para, integradas, realizarem ações de combate à criminalidade.

Fonte: Portal Todo Dia – UOL.

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