Igor Rocha ainda destaca os juros altos para o setor e pede que a indústria tenha um “Plano Produção” — espécie de Plano Safra —, que reduza esses patamares
O economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Igor Rocha, criticou, em entrevista à CNN, a quantidade de exceções ao Imposto sobre Valor Agregado (IVA) que estabelece a reforma tributária aprovada na Câmara. Alíquotas foram reduzidas e até zeradas para parcelas do agronegócio e do setor de serviços.
As cifras reduzidas oferecidas a setores específicos inflam o valor padrão do novo imposto (o qual pagará a indústria). Segundo projeções do Ministério da Fazenda, com as exceções, o IVA ficará entre 25,45% e 27% — o maior do mundo; sem elas estaria entre 20,73% e 22,02%.
Igor Rocha indica que o teto admitido pela indústria é de 25%. Ele diz compreender que a reforma trará algumas exceções, mas aponta que o texto aprovado exagera na quantidade de contemplados.
Segundo o economista, a indústria “carrega o piano do sistema tributário nas costas”. Enquanto o setor é responsável por 12% do Produto Interno Bruto (PIB), paga 35% da arrecadação. Ele indica que “a indústria não está pedindo subsídio, mas igualdade de condições” em relação a outros setores.
Fonte: CNN