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Desgaste atinge quase 30% das rodovias de SP.

Fim de ano, férias, festas, viagens e milhares de pessoas caem literalmente nas estradas. Motoristas, no entanto devem saber as condições das rodovias e tomar cuidados para evitar acidentes, Pesquisa da CNT (Confederação Nacional de Transporte) aponta que melhores rodovias do País estão no Estado de São Paulo.
No entanto, o mesmo estudo revela que rodar por estradas boas não quer dizer que motoristas paulistas estão num “tapete”. Isso porque quase um terço das rodovias paulistas apresenta problemas no pavimento.
Os trechos com problema representam 28,6% das rodovias analisadas. São 2,5 mil quilômetros com problemas no pavimento. A pesquisa avaliou 8,8 mil km de rodovias de SP. Nem todas as rodovias do estado passaram pelo crivo da CNT.
No caso de São Paulo, apenas as federais foram verificadas na totalidade. Nas estaduais são priorizadas as que têm maior transporte de cargas e passageiros.
O levantamento ainda aponta que 55% do pavimento das rodovias paulistas estão “totalmente perfeitos”, o que equivale a 4,8 mil km.
A pesquisa também mostra que 1,2 mil quilômetros possuem “trinca e remendos”. Em 122 quilômetros há afundamentos e buracos. O levantamento sobre as rodovias do País não detalha em quais cidades isso acontece.
O pavimento é um dos pontos avaliados para chegar-se ao conceito geral das rodovias, junto com geometria e sinalização. A composição de dados forma casos curiosos.
O trecho entre Bauru e Itirapina, SP-225 (BR–360) é o quarto melhor do País. Mas em alguns trechos sua geometria é regular.
De acordo com a CNT, trecho entre Campinas e Jacareí Limeira, a rodovia Dom Pedro 1º, é o terceiro melhor do Brasil. Trecho em Rio Preto aparece como 11º melhor. A SP-280, a Castelo Branco, que passa por Sorocaba, é avaliada como “ótima”.
As estradas mudam de cor na região de Marília, onde são regulares, em alguns trechos e até ruins. Ali passa trecho da BR-153. (veja mapa ao lado com a avaliação das estradas do estado de São Paulo).
‘Rodovias da morte’ são boas e ótimas.
É comum estradas receberem a alcunha de “rodovia da morte”. É o caso da BR-116, a Régis Bittencourt, que em termos gerais é considerada “boa”. A sinalização é “ótima”, segundo a pesquisa CNT. Em 2012, a rodovia teve 235 mortos em trecho de 534 quilômetros, média de 2,2 mortos por km. Em Rio Preto, a “rodovia da morte” é a Br-153.
No ano passado 38 pessoas morrem num trecho de 136 quilômetros. A média de mortes por quilômetro é acima da Regis, de 3,5. Na pesquisa, a avaliação geral da BR é “ótima’. Segundo associação de caminhoeiros, a maioria dos acidentes são por falha humana. O BOM DIA solicitou entrevista com o coordenador da Polícia Rodoviária Federal de Rio Preto, mas não teve resposta.
Associação diz que recuperação deve ser constante.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros considera normal desgaste de quase 30% das rodovias paulistas, mas aponta necessidade de investimentos. Segundo o presidente da associação, Claudinei Pelegrini, o estado concentra 62% do tráfego nacional de rodovias e 70% das cargas passam pelo estado. “Aí prevalece a lógica, quanto mais se usa, mais se desgasta e mais constantemente necessita de reparação, afirmou ao BOM DIA.
Segundo a associação, há mais concessões no estado de São Paulo– com cobrança de pedágio– e mais investimentos do governo paulista, o que deixa o Estado na condição de ter as melhores rodovias. “As rodovias de São Paulo estão entre as melhores por alguns fatores, dentre eles, ser a maioria concessionada e o estado ter maior poder de investimento que os demais que dependem, quase que exclusivamente, de recursos federais nem sempre disponíveis.
Fonte: Agência Bom Dia.

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